Nossa Cidade
Palestra sobre estudos socioterritoriais abre curso da Escola de Governo
A palestra “Estudos Socioterritoriais: Território Usado/Vivido no Processo de Políticas Públicas e Contextos de Desigualdade Social” abriu, nesta terça-feira, 15 de agosto, o curso “Estudo Socioterritorial no Trabalho com Políticas Públicas”, que contará com 13 encontros. A formação é uma realização da Escola de Governo e Desenvolvimento do Servidor (EGDS), em parceria com a Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.
“Os estudos socioterritoriais são uma ferramenta importante para a compreensão e a transformação da realidade social. Esses encontros semanais farão certamente a diferença para a oferta de mais e melhores políticas públicas”, disse a secretária de Assistência, Vandecleya Moro.
O encontro teve como objetivo debater a produção de conhecimento e estudos de base socioterritorial que subsidiem a construção de estratégias para o enfrentamento das desigualdades sociais e a melhoria de políticas públicas no município.
“Eu acredito, pensando nessa possibilidade do curso, em trabalhar na formação a partir dos territórios, atentos e vigilantes aos espaços que sofrem com a desigualdade. É uma oportunidade de pensarmos e colocarmos Campinas em perspectiva”, disse o palestrante Rodrigo Aparecido Diniz.
Ele encerrou o encontro citando Milton Santos (considerado um dos mais renomados intelectuais do Brasil no século XX) e a compreensão do mundo como fábula, perversidade ou possibilidade. “Ele apostava, e eu também, em uma narrativa de possibilidade. A história não está dada, não é o fim. A história é construção”, completou.
Curso
O curso “Estudo Socioterritorial no Trabalho com Políticas Públicas” será realizado em 13 encontros semanais, na sede da Escola de Governo, no Cefortepe e no CPTI do Parque Shalon.
Os temas debatidos serão:
– Sujeitos autores no processo de estudo: somos mais que números em tabelas ou pontos em mapas
– Tecnopolíticas da vigilância e o uso de informações para o fortalecimento de sujeitos de direitos
– Leitura espacial: escalas e representações no micro e macro territórios
– Cartografia social: história, concepções e metodologias (identidades coletivas, demandas, potencialidades e estratégias)
– Possibilidades de uso do Mapa Falado nos processos de estudo
– Vivência de exercícios de Mapa falado e do processo de construção de análises
– Pesquisa participante e História Oral
– Aproximação à realidade concreta: escuta da experiência de História oral do Centro Promocional Tia Ileide no Parque Shalon em Campinas
– Diálogos sobre Educação Popular e estudos socioterritoriais
– Pesquisa quantitativa de dados: utilização de sistemas de informação na área social (fontes, bancos de dados, georreferenciamento de informações)
– Vivência de pesquisa de dados em sistemas de informação: fontes, bancos de dados, mapeamentos
– Elaboração/ apresentação e discussão de propostas de estudos socioterritoriais em grupos