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Nossa Cidade

Pesquisa revela que mais de 90% aprovam fechamento do Terminal Central

Uma pesquisa de opinião realizada pela Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) com 672 usuários do Terminal Central revelou que mais de 90% avaliam que a mudança resultou em mais conforto e segurança. No último dia 8 de outubro, a circulação no Terminal Central passou a ser exclusiva para usuários do transporte coletivo, mediante o pagamento da tarifa. Catracas eletrônicas foram instaladas nas três entradas.   

A pesquisa foi realizada por educadores e agentes da mobilidade urbana. Dos 672 usuários entrevistados, 653 (97%) avaliaram que a restrição de acesso ao Terminal Central trouxe mais segurança; e apenas 19 (3%) tiveram a sensação contrária. Já a ampliação do conforto no espaço após o fechamento foi observada por 617 (91,8%) dos usuários entrevistados. Os demais 55 (8,2%) participantes da pesquisa discordaram.    

Os usuários também puderam apresentar comentários e sugestões para melhoria do espaço. No total, foram 354 manifestações. Entre os comentários apresentados que demonstram a ampliação do conforto, da conservação e da segurança no espaço estão a melhoria da limpeza das plataformas e sanitários, o uso do celular com mais tranquilidade e a redução da poluição sonora.  

Entre as sugestões coletadas na pesquisa estão a colocação de mais bancos e bebedouros, melhorias adicionais na infraestrutura dos sanitários e maior disponibilidade de pontos de recarga do Bilhete Único. Uma ampla reforma dos banheiros já está sendo programada pela Emdec e inclui revisão das instalações hidráulicas, substituição de portas, pisos e torneiras e nova pintura.    

Pagamento da tarifa exige dupla validação do Bilhete Único   

Alguns usuários entrevistados apresentaram dúvidas sobre a necessidade de validar o pagamento da tarifa tanto na entrada do terminal quanto no interior do ônibus. Ao invés de pagar o valor total da tarifa na entrada, antes de acessar o espaço, 80% da tarifa é debitada do Bilhete Único ou QR Code nas novas catracas instaladas nos três acessos. E os 20% restantes são debitados de forma embarcada, com entrada pela porta dianteira dos ônibus. O sistema é diferente do existente nos outros três terminais “fechados” (Barão Geraldo, Campo Grande e Ouro Verde).  

“Importante reforçar que a integração é computada a partir da passagem pela catraca do ônibus; e não do terminal. Não se trata de duplo pagamento da tarifa”, explica o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.    

Este sistema foi implantado para mapear, a partir da segunda validação embarcada, as linhas utilizadas para posterior distribuição da remuneração entre as diversas operadoras que atuam no terminal. Quarenta linhas de ônibus atendem ao Terminal Central. Juntas, elas transportaram, no mês de agosto, mais de 98,6 mil passageiros em dias úteis.  

Entre os dias 3 e 14 de outubro, equipes da Emdec orientaram os usuários sobre a mudança e distribuíram cerca de 26 mil folhetos informativos. O espaço também recebeu faixas e banners para alertar sobre a nova dinâmica de acesso.

Para acessar o terminal, o usuário deve ter créditos válidos no Bilhete Único ou utilizar o QR Code. O valor da tarifa é de R$ 5,15 com o uso do Bilhete Único Comum e dá direito a utilização de até três ônibus no período de duas horas. Já o QR Code, em papel ou na tela do smartphone, tem custo de R$ 5,60 e não proporciona a integração.    

Pontos de recarga e travessia de pedestres   

Para recarregar o Bilhete Único Comum ou adquirir o QR Code, os usuários podem utilizar um terminal de autoatendimento (ATM) disponibilizado pela Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas (Transurc) na entrada que dá acesso à região da Estação Cultura, com pagamento pelo cartão de crédito ou débito. Além disso, dois novos pontos credenciados de recarga foram ativados no entorno do terminal, próximo à área de comércio informal e da barbearia. Banners implantados no espaço informam sobre os endereços de outros 10 pontos da rede credenciada no entorno do Terminal Central.   

Uma passarela de pedestres foi construída pela Emdec para viabilizar as travessias da Avenida Dr. Moraes Salles e Rua Álvares Machado para a região da Estação Cultura e, também, o acesso ao comércio nos arredores do terminal. A travessia conta com piso tátil para acesso de pessoas com deficiência visual ou baixa visão.   

O fechamento definitivo do terminal foi antecedido por melhorias de infraestrutura realizadas pela Emdec. Houve pintura do meio-fio e do piso tátil das plataformas de embarque e desembarque, reforma e pintura dos gradis, reforço da iluminação por refletores LED e instalação de bancos de madeira com encosto. Também haverá avanços tecnológicos no espaço, painéis eletrônicos foram instalados e, futuramente, indicarão a previsão de chegada das linhas de ônibus.   

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