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Policial

Polícia faz operação contra desmanche e falsificações

** Matéria atualizada as 10h  A Polícia Civil está fazendo uma megaoperação na região de Campinas contra desmanche de carros e falsificação de documentos. A operação é em parceria com a Polícia Federal. Até por volta das 10h, oito pessoas foram presas na região.  Ao todo são 450 policiais, três aeronaves e 100 viaturas que cumprem aproximadamente 120 mandados de prisão preventiva, prisão temporária, buscas e apreensões, assim como interdições de lojas em sete cidades, quatro na região: Campinas, Valinhos, Hortolândia, Indaiatuba. As ações também acontecem em Brasília, Goiânia e Águas-Lindas.  A operação também contou com a colaboração da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal que destacou 18 auditores fiscais para compor as equipes e efetuar as devidas autuações administrativas.  O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa especializada no roubo de veículos, desmanche e remessa das partes para revenda em outros estados, em especial, lojas de autopeças. Foi apurado que a ORCRIM já teria enviado ao DF, na última década, pelo menos 2 mil carros cortados. A operação foi batizada de “Rota da Seda” em alusão às diversas rotas comerciais que na antiguidade se originavam na Ásia e faziam chegar aos europeus diversos produtos sem que eles soubessem a que preço isso acontecia.

A investigação demonstrou que os veículos eram roubados ou furtados em Campinas e região, cortados em galpões gigantes e imediatamente remetidos às lojas do Distrito Federal. Pelo menos seis caminhões diferentes eram usados no transporte das peças. Cada caminhão comportava em média 10 veículos cortados. Eles chegavam a transcorrer o percurso DF-GO-SP até três vezes na semana, indicando, portanto, um volume grande de carros roubados que eram inseridos no mercado de autopeças.   Para enganar a fiscalização rodoviária, eram emitidas notas fiscais frias. Todos os números de identificação do chassi também eram suprimidos, impedindo que fosse possível identificar e vincular as peças transportadas a ocorrências de roubos/furtos em São Paulo.   Durante a investigação, um desses caminhões acabou sendo apreendido e toda sua carga retirada. E foi possível montar, como um quebra cabeça, no pátio do Instituto de Criminalística 10 carros completos (quatro portas, capô, tampa traseira, teto, para-choques, paralamas, faróis, lanternas, espelhos e toda parte de acabamento e mecânica). Os criminosos chegavam a enviar as baterias dos carros e até mesmo os extintores de incêndio que vinham ainda carregados.  Ao chegarem ao DF, as peças eram divididas em dezenas de lojas que as inseriam no mercado também pela emissão de notas falsas, fazendo girar uma imensa máquina de lavagem de dinheiro e uma série de fraudes tributárias.   Todos os indiciados irão responder por organização criminosa, roubo qualificado, receptação qualificada, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude tributária. As lojas dos criminosos foram interditadas e todos os estoques de peças sem procedência serão apreendidas para futuro perdimento. As penas máximas somadas podem ultrapassar os 30 anos de prisão.

Em breve novas informações  

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