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Nossa Cidade

Pratas da Casa: Professora Ana Paula Rigobelo Farres

Nascida no sul de Minas, na pacata cidade de Monte Santo de Minas, a professora de Educação Física Ana Paula Rigobelo Farres completou no início deste ano duas décadas de funcionalismo público na Secretaria de Esportes e Lazer.

Filha única do casal Walter Farres e Maria Terezinha Juliana Rigobelo Farres, pautou a vida pelo caminho da determinação e fez dos obstáculos o combustível para consolidar os objetivos. As apresentações de piano na adolescência, para satisfação da mãe Tereza, com o passar do tempo, perderam espaço para o esporte. 

Provavelmente pela influência do pai, mais conhecido como Zizinho, que jogou futebol profissionalmente no Formiga Futebol Clube nos anos 1966 e 1967, o esporte foi mais forte e direcionou a carreira de Ana Paula. Além de dar aulas de ginástica e hidroginástica para a 3ª idade, internamente, trabalha na coordenadoria de Formação Esportiva.

Roteiro nas Minas Gerais

A trajetória de vida da professora Ana Paula revela uma infância livre, saudável, ligada a muitas ações com as amigas de escola e as aulas de jazz na academia Espaço Livre, programas imprescindíveis para as crianças da cidade. 

Não dá para imaginar um período de ociosidade porque, desde os 5 anos, as atividades foram criteriosamente programadas pelos pais. Descobriu a importância dos movimentos nas aulas de jazz: “Era um caminho natural da maioria das crianças que viviam em Monte Santo de Minas e segui o fluxo. Hoje eu agradeço porque foi muito importante na minha formação”, assegura.

O aprendizado desenvolvido durante as aulas era apresentado para a sociedade montessantense ao final de cada temporada. Ainda hoje, o Festival de Jazz, normalmente no mês de dezembro, é uma tradição que se mantém viva na memória de muitas gerações.

A educação e esporte na adolescência

Estudar nos colégios mais conceituados sempre foi prioridade para a família Rigobelo Farres, por isso, a Escola Estadual Dr. Wenceslau Braz abre o currículo escolar da professora Ana Paula. Na sequência, já visando uma preparação voltada para futuros vestibulares, foi para uma escola particular, onde cursou o colegial na vizinha cidade de Mococa, distante 34 km, viagens animadas numa kombi, doces lembranças desse período.

Paralelamente aos estudos, na adolescência, talvez influenciada pela pai Zizinho, Ana Paula descobriu o vôlei. Fez testes, foi selecionada e passou a treinar na equipe da cidade de Monte Santo de Minas. Representou o município em competições regionais e ao mesmo tempo, teve a certeza que o futuro estava ligado intimamente ao esporte. 

Campinas foi a melhor opção

Ainda aos 17 anos, desembarcava em Campinas para o curso de Educação Física na Unicamp, universidade escolhida por orientação dos pais. Junto com duas amigas a primeira moradia foi num apartamento na Avenida Francisco Glicério, no centro da cidade, para facilitar a vida das novas universitárias.

Na Unicamp, desde a primeira semana, conseguiu se relacionar muito bem com toda a turma que tinha aproximadamente 40 alunos na FEF 97. Durante o curso, extraiu o máximo que podia, cumprindo rigorosamente os conselhos recebidos em casa. “A Unicamp sempre foi uma referência de qualidade de ensino, de conhecimento, de informação, de novidade”, reafirma a professora Ana Paula.

Ao agregar teoria e prática, começou a estagiar em algumas academias de Campinas, na área de fitness, fortalecendo o aprendizado da vida acadêmica com os movimentos de dança descobertos nas aulas de jazz, em Minas Gerais. Passado um tempo, era preciso avançar, “pipocar em várias academias não era agradável”, observa.

A servidora pública

Com a experiência de pelo menos três anos no mercado, um dia, foi surpreendida pelo porteiro do prédio, Ademir, que alertou sobre a realização de um concurso público para professores de Educação Física, aberto pela Prefeitura Municipal de Campinas. Se inscreveu, foi aprovada e começou a trabalhar em 2003.

“Fui recepcionada pelo diretor Domingos Gigli e depois de receber todas as orientações, no dia 17 de fevereiro de 2003, comecei a trabalhar na Praça Ferdinando Panattoni, na Vila Joaquim Inácio”, recorda.

As aulas de ginástica e hidroginástica para a 3ª idade reuniam mais de 100 alunos e não era diferente no vôlei adaptado, sempre com boa frequência. Para as crianças, natação e futebol, com as atividades sendo desenvolvidas de segunda à sexta-feira.

Rumo profissional

Em 2003 foi aprovada no concurso interno da secretaria de Esportes e além das aulas, passou a ser chefe da Praça de Esportes Tancredo Neves, na Avenida das Amoreiras, Jardim Novo Campos Elíseos. Ao surgir nova oportunidade de crescimento profissional, integrou a CSER (Coordenadoria de Esportes de Rendimento), responsável por organizar e oferecer a melhor estrutura para as equipes que representariam a cidade em Jogos Abertos e Jogos Regionais.

Fechado este ciclo (2007 a 2011) abriu uma nova perspectiva ao dar aulas de Ginástica Artística, após um período de interação com as professoras Giovanna e Lucila, titulares da modalidade. A identificação com a dança e o Projeto de Extensão, na Unicamp, foram agentes facilitadores para ser bem sucedida no desafio assumido em 2012 até 2019.

Atualmente a professora Ana Paula está na Coordenadoria de Formação Esportiva juntamente com a coordenadora Renata Baronti, além de dar aulas de Ginástica e Hidroginástica para a 3ª idade, duas vezes por semana, na Praça de Esportes Ferdinando Panattoni.

Servir mais e melhor

A professora Ana Paula tem um olhar otimista para o futuro e aposta que os projetos criados pela secretaria Municipal de Esportes e Lazer ou programas em parceria com outras secretarias, tem amplas possibilidades de serem bem sucedidos.

“O FIEC (Fundo de Investimentos Esportivos de Campinas), o Bolsa Atleta, o programa Escola de Esportes com a secretaria de Educação, são ações importantíssimas com grandes chances de sucesso. Precisamos de modelos de atletas e projetos, para no futuro termos núcleos esportivos bem estruturados, atendendo com atividades esportivas e atividades físicas, crianças, adultos e idosos”, projeta a professora Ana Paula Rigobelo Farres.

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