Nossa Cidade
Programa vai recuperar prejuízo ocasionado pela pandemia na Educação
O prefeito de Campinas, Dário Saadi, lançou nesta quinta-feira, 19 de maio, o Programa SuperAção, cuja meta é minimizar os prejuízos na aprendizagem provocados pela pandemia. A iniciativa é destinada aos alunos da Educação Infantil (pré-escola), Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
“Este é um momento importante para a educação municipal e temos de recuperar os estragos deixados pela pandemia. O SuperAção é um programa ousado e cabe a nós, enquanto poder público, desenvolver essas ações”, disse o prefeito.
A rede municipal de ensino tem 55, 6 mil alunos matriculados na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA), que serão atingidos pelo programa. O vereador Permínio Monteiro acompanhou o lançamento do programa.
O SuperAção está amparado em quatro pilares: recursos humanos (contratação de profissionais e estagiários, e formação/atualização), reordenamento curricular (retomada de conteúdos pedagógicos), acolhimento (contratação de psicólogos escolar) e tecnologia (equipamentos para as escolas e alunos).
Avaliação diagnóstica
Conforme a Secretaria de Educação, essas frentes de trabalho são uma resposta aos resultados de uma avaliação diagnóstica, focada na aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática. Os testes foram aplicados em 2021, com o propósito de verificar os impactos causados pela ausência das aulas presenciais durante a pandemia.
“Quando aplicamos a avaliação, estávamos diante de algo inédito. Todos tiveram de se reinventar”, falou o secretário de Educação, José Tadeu Jorge. A avaliação foi aplicada em 4.551 estudantes que cursaram o 4ª e o 5ª anos. Constatou-se que 15% não tiveram a alfabetização consolidada, ou seja, não alcançaram os níveis desejados em leitura e escrita. Em um cenário sem pandemia, esses índices seriam de 7%.
Em relação aos conteúdos de Matemática, tomando por base os 6º e 7º anos, um total de 4.111 estudantes, cerca de 40%, apresentaram defasagem na aprendizagem. Os resultados da avaliação mostraram que o impacto negativo não se deu de maneira uniforme, significando que há diferenças na aprendizagem entre os alunos e também entre as escolas.
“Para suprir essas diferenças, estamos fazendo o reordenamento do currículo, que não é sinônimo de aulas de reforço escolar ou recuperação. Significa que enquanto o aluno aprende novos conhecimentos, que são pertinentes ao ano que está cursando, acontece a retomada dos conteúdos que ficaram prejudicados”, explicou o diretor pedagógico, Luiz Roberto Marighetti.
Cada escola desenvolveu o seu plano de reordenamento curricular baseando-se nas dificuldades dos seus alunos.
Recursos Humanos
Desde o ano passado até o momento, a Prefeitura já chamou 809 novos profissionais, sendo que 363 são professores. As escolas devem receber, nas próximas semanas, 600 estagiários de pedagogia, para atuar diretamente com os alunos.
Está sendo investido cerca de um milhão de reais em cursos de formação para os profissionais.
Tecnologia
Nas últimas semanas, a Secretaria de Educação intensificou o investimento em tecnologia para aprimorar as condições de aprendizado dos alunos municipais. A Secretaria investiu R$ R$ 150 milhões em equipamentos de tecnologia tanto para as escolas quanto para os alunos. As unidades já estão recebendo mesas interativas e digitalizadoras, projetor interativo, entre outros aparelhos.
Os alunos do 1º ao 5 ª anos do Ensino Fundamental receberão aparelhos de chromebook para serem levados para casa. Até então, os equipamentos eram destinados aos estudantes do 6º ao 9º anos. Os alunos da pré-escola serão contemplados com tablets na versão touch. O objetivo é ter a tecnologia da informação auxiliando no processo educacional.
Cada estudante do Ensino Fundamental (1º ao 9º anos) receberá um leitor digital, um estímulo ao cultivo do hábito de leitura. Ao todo, foram adquiridos 22,2 mil aparelhos de cada modelo.