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Nossa Cidade

Projeto em vídeo vai retratar protagonismo do serviço Família Acolhedora

A sexta-feira, 8/07, teve uma manhã e tarde repletas de filmagens no Serviço de Acolhimento e Proteção Especial à Criança e ao Adolescente (Sapeca), no Alto do Taquaral. O Instituto Fazendo História, que integra a organização “Coalizão pelo Acolhimento em Família Acolhedora”, está produzindo um conjunto de dez vídeos que vai retratar o serviço Família Acolhedora no País. Três cidades foram escolhidas para a captação de depoimentos e imagens: Campinas, Guarulhos e São Paulo.

O serviço na cidade foi criado em 1997 como alternativa ao acolhimento institucional, em abrigos e casas lares, para crianças e adolescentes até que retornem a suas famílias biológicas de origem ou extensa, ou sejam encaminhados para adoção por famílias substitutas. 

Os vídeos serão disponibilizados de maneira gratuita e online. Poderão ser acessados pelo site www.familiaacolhedora.org.br, da Coalizão pelo Acolhimento em Família Acolhedora. A iniciativa tem como objetivo contribuir com a qualificação dos profissionais e gestores públicos de todo o Brasil, de modo a possibilitar maior qualificação profissional e um melhor atendimento às crianças e adolescentes.

“Temos um serviço extraordinário de humanização no acolhimento de crianças e adolescentes e a escolha de Campinas para integrar essa iniciativa muito nos honra. A cidade teve um importante protagonismo nessa história. Temos uma equipe excepcional que trabalha com grande competência técnica e também com muito amor ao que faz”, afirmou Vandecleya Moro, secretária municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.

Atualmente em Campinas, o acolhimento familiar é de responsabilidade de dois serviços: o Conviver, executado pela Associação de Educação do Homem de Amanhã – Guardinha, e o Sapeca, sob execução direta do poder público. O propósito é possibilitar a reconstrução dos vínculos familiares e comunitários, bem como contribuir para a superação de situações de violência vivenciadas pelas crianças e adolescentes, preparando-os para a reintegração familiar ou colocação em família substituta. Atualmente, há 13 crianças atendidas no Sapeca e 16 no Conviver. 

O serviço de acolhimento familiar foi instituído pelo governo federal em 2009, quando a Lei 12.010 acrescentou ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a previsão dessa possibilidade. O acolhimento é uma medida de proteção para crianças e adolescentes que precisam ser afastados temporariamente de sua família de origem. Esta medida é excepcional e provisória, não devendo ultrapassar 18 meses. Existem três modalidades de acolhimento por medida de proteção, e o acolhimento em família acolhedora é uma delas.

Diferente dos abrigos institucionais (em que há educadores contratados), trata-se de uma modalidade em que a criança ou adolescente é cuidada temporariamente por uma outra família. Durante o período de acolhimento, a família assume todos os cuidados e a proteção da criança e/ou do adolescente.

As famílias acolhedoras são selecionadas, preparadas e acompanhadas por uma equipe de profissionais para receber crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, até que possam retornar para sua família de origem ou, quando isso não for possível, ser encaminhadas para adoção. Acolhimento familiar e adoção são situações distintas, inclusive no seu tempo de duração: o acolhimento é temporário, a adoção é definitiva. A família acolhedora tem a guarda provisória da criança ou adolescente vinculada à sua participação no Serviço.

Segundo Lara Naddeo, mestre em intervenção psicossocial, com experiência de mais de nove anos no Instituto Fazendo História, Campinas integra o projeto por ter uma rede muito bem articulada de atuação, um diagnóstico qualificado das necessidades do conceito de Família Acolhedora e pela consciência de implantar um contínuo aprimoramento dos serviços prestados.

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