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Provisão de inseticida de combate à dengue deve ser regularizada em maio

Provisão de inseticida de combate à dengue deve ser regularizada em maio

Um novo inseticida para o combate a arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya, deve chegar aos municípios em maio. Foi o que afirmou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, ao prefeito de Campinas, Dário Saadi, vice-presidente para a área da Saúde da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em reunião realizada no final da tarde desta terça-feira, 11 de abril, em Brasília. 

O atraso no cronograma é registrado desde o ano passado. A situação deve ser regularizada com a chegada do Fludora Co-Max. Segundo Ethel, o novo produto adquirido pelo Governo Federal é menos agressivo ao meio ambiente e tem menos impacto em animais. Além da medida prática, a secretária também anunciou que na próxima semana já deve ser veiculada em rede nacional uma campanha de combate ao mosquito.

Na reunião, Saadi lembrou que a entidade tem alertado desde o início do ano sobre a falta do insumo. Em ofício enviado à ministra da Saúde, Nísia Trindade, dirigentes da FNP manifestaram especial preocupação porque a situação ocorre em um cenário epidemiológico desfavorável. “Nesta época do ano há alto índice pluviométrico e expressivo aumento de casos de dengue, mesmo realizando ações de controle mecânico (retirada de possíveis criadouros; comunicação e informação em saúde; mobilização, participação social e educação em saúde)”, de acordo com o documento enviado em março.

Conforme o prefeito reforçou, o que está em falta é o insumo utilizado no processo de nebulização, o chamado fumacê, que serve para o combate a mosquitos adultos. “Em São Paulo, por exemplo, só há inseticidas para nebulização com máquina costal. E, nos bairros com alta transmissão, há necessidade de nebulização veicular”, esclareceu.

Sobre o estoque de inseticidas em Campinas, a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea von Zuben, disse que o município vive situação de contingenciamento. “O Governo do Estado só está liberando inseticida para nebulização costal em áreas restritas. Não está sendo possível realizar nebulização veicular, que é importante quando as áreas de transmissão são mais extensas”, afirmou.

Segundo Andrea, a Prefeitura de Campinas teve que adquirir inseticidas com recursos próprios, sendo que este insumo é de fornecimento obrigatório pelo Ministério de Saúde. “Ficamos uma semana sem nenhum fornecimento pelo Estado no mês de março. Agora temos em quantidades restritas e o estoque que compramos”, ressaltou. 

Centro de Operações Emergenciais (COE)

Em março, o Ministério da Saúde anunciou a instalação do COE Arboviroses, uma estrutura para monitoramento de mortes e casos graves de dengue, zika e chikungunya no território nacional. Além de ações em todos os estados, a secretária Ethel afirmou que a pasta está fazendo repasses financeiros maiores para estados em situação emergencial.

Atualmente, os estados da Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins já registram índices alarmantes de casos prováveis dessas doenças. 

Levantamento do Ministério da Saúde, divulgado no dia 6 de abril, aponta que há registro de casos prováveis de dengue em 4.230 cidades brasileiras. A atual incidência da doença é de 278 casos a cada 100 mil pessoas, um aumento de 43% nos casos em relação ao mesmo período do ano passado.

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