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Queda de mais de 50% no número de queimadas marca Operação Estiagem 2022

O balanço final da Operação Estiagem 2022 divulgado nesta semana aponta queda de mais de 50% na ocorrência de focos de incêndio em relação ao ano passado. Foram registrados 232 focos entre 1º de maio e 30 de setembro de 2022 contra 471 no mesmo período de 2021. A avaliação é de que o resultado é fruto do trabalho do Comitê da Operação, coordenado pela Defesa Civil, em prol da redução de riscos, com monitoramento e sinergia entre os diversos participantes.

Os dados do município seguem os do Estado de São Paulo. O balanço estadual mostra queda de 73% no número de focos identificados, após ações da Operação Corta Fogo.

Segundo o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, todos os locais em que houve registro de foco de incêndio foram vistoriados. A identificação dessas áreas permite notificar os proprietários e diminuir reincidências. Esse monitoramento, de acordo com Furtado, “é responsável pela rápida intervenção e, consequentemente, pela queda nos números”.

As notificações tiveram como base a lei municipal que proíbe uso de fogo para limpeza ou preparo do solo, inclusive para plantio ou colheita, exceto nos casos específicos permitidos pela lei estadual. Entre estes estão queimada controlada para fins de pesquisa e cultura de cana-de-açúcar.

Vistorias de campo para avaliação da vazão dos mananciais e para prevenção de focos de incêndio em áreas com vegetação também estão entre as ações da Operação. São realizadas, ainda, ações de conscientização da sociedade, como promoção de treinamentos para a prevenção e combate a queimadas e incêndios para moradores de áreas próximas a pontos vulneráveis.

Umidade Relativa do Ar

Abrangendo o período mais seco do ano, quando aumenta o risco de focos de incêndio, doenças respiratórias e crises hídricas, a Operação Estiagem também monitora a temperatura e o índice de Umidade Relativa do Ar (URA). O levantamento mais recente mostrou que esse índice também teve recuo.

De maio a agosto deste ano, Campinas entrou em Estado de Alerta (quando a URA registra índice entre 12% e 20%) por dez vezes, contra 54 no ano passado. Já o Estado de Atenção (índice de URA entre 20% e 30%) foi registrado por 67 vezes, contra 108 no ano passado.

O município não entrou nenhuma vez em emergência (URA abaixo de 12%), ao contrário do ano passado, quando essa situação foi registrada oito vezes.

Aeroporto

Outro dado importante da Operação é o apontamento de registros de animais mortos na plataforma SISS-Geo (Sistema de Informação em Saúde Silvestre) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Apenas os técnicos da Defesa Civil, em vistorias preventivas no entorno do Aeroporto de Viracopos, registraram 32 animais mortos. No total, foram realizadas 135 vistorias. O sistema começou a ser utilizado este ano, portanto ainda não há base para comparação.

Assistência Social

Durante a Operação, a Secretaria de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos realizou atendimento a 35 famílias, em decorrência de incêndios. Houve oferta, porém nenhuma das famílias atendidas aceitou ser acolhida na rede socioassitencial, sendo abrigadas por parentes, amigos ou vizinhos.

Comitê da Estiagem

A Operação Estiagem é acompanhada pelo comitê gestor formado por sete secretarias municipais, uma autarquia e uma empresa pública. O grupo contribui no planejamento, articulação, coordenação, execução e avaliação das ações de prevenção e controle dos efeitos da estiagem no município.

O comitê da Operação é formado por representantes das secretarias municipais de Governo; de Saúde; do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; de Serviços Públicos; de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos; de Educação e de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública. Também integram o Comitê a Sanasa e a Fundação “José Pedro De Oliveira”, gestora da Mata de Santa Genebra.

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