Esportes
Rebeca usa pandemia para se conectar consigo mesma e brilha com prata
O isolamento forçado pela pandemia de coronavírus ajudou Rebeca Andrade não só a recuperar o joelho de uma cirurgia, mas também permitiu à ginasta se conhecer melhor e fortalecer o lado emocional, que foi fundamental para sua histórica conquista da medalha de prata no individual geral dos Jogos de Tóquio nesta quinta-feira (29).
“Do ano passado para cá eu consegui colocar em prática a parte de não me sentir nervosa, de manter o controle, de conseguir fazer tudo o que eu fazia no treino. É muito importante esse processo de me conhecer”, disse a ginasta após conquistar a primeira medalha olímpica da ginástica feminina do Brasil, de acordo com o site do Time Brasil.
“Na pandemia eu pude me cuidar, me conhecer melhor, saber o que era bom, o que era ruim. Eu me conectei comigo mesma, e hoje a gente vê o resultado disso”, acrescentou.
Pronta para voar ✈️
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A prova foi marcada pela ausência da norte-americana Simone Biles, favorita ao ouro, mas que desistiu de disputar a final após se classificar com a melhor nota para se concentrar em sua saúde mental.
Rebeca, de 22 anos, passou pela última de três cirurgias no joelho em meados de 2019, após romper o ligamento cruzado anterior do joelho pela terceira vez em quatro anos.
As lesões se somaram a enormes desafios enfrentados pela ginasta desde a infância marcada por dificuldades financeiras.
“Eu dormia na casa dos treinadores para eu conseguir, a minha mãe ia a pé para me dar o dinheiro da condução, meu irmão me levava de bicicleta”, relembrou Rebeca, que fechou sua apresentação no solo ao som de “Baile de Favela”.
Início de um sonho // deu tudo certo pic.twitter.com/5qxEvBDFSe
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Fã de Daiane dos Santos, Rebeca disse que a primeira medalha da ginástica feminina do Brasil representa todas as mulheres que passaram pela modalidade antes dela e podem também se sentir orgulhosas.
A ginasta terminou a final em segundo lugar com a pontuação total de 57,298 –15,300 no salto, 14,666 nas barras assimétricas, 13,666 na trave e 13,666 no solo. A norte-americana Sunisa Lee levou o ouro com 57,433 no total e a russa Angelina Melinkova ficou com o bronze com 57,199.
Encantando os juízes 😍😍
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Ela ainda irá disputar mais duas finais em Tóquio, no salto e no solo.
“Eu passei por muita coisa e coloquei esses Jogos como objetivo, mas o meu objetivo aqui era fazer o meu melhor, era brilhar, e eu acho que eu brilhei: consegui a nossa primeira medalha olímpica em ginástica artística feminina”, afirmou.