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Rede Mário Gatti capacita enfermeiros sobre classificação de risco

A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar iniciou nesta segunda-feira, 8 de agosto, capacitação para enfermeiros sobre o novo protocolo de classificação de risco, que passa a ser adotado nos prontos-socorros e nas unidades de pronto atendimento da autarquia.

A Rede vinha adotando o Protocolo Manchester, um dos métodos mais utilizados no mundo, que permite a identificação de prioridade e a definição do tempo alvo recomendado até a avaliação médica caso a caso. A classificação permite que pacientes sejam atendidos por critério de gravidade de risco e não por ordem de chegada.

O novo protocolo mantém as mesmas classificações de cores e o tempo de espera por atendimento em cada uma delas e acrescentou duas classificações que não figuravam no Manchester: atendimento às vítimas de violência sexual e a crianças de até 28 dias de vida.

Embora a Rede não tenha leitos neonatal, as unidades de urgência e emergência atendem pelo sistema porta aberta, e crianças com até 28 dias, com agravos em saúde, acabam sendo atendidas nessas unidades. O novo protocolo da Rede para elas vai da cor vermelha (atendimento imediato) até a classificação amarela, onde o tempo máximo de espera é de até 60 minutos.

Nos atendimentos às vítimas de violência sexual, a classificação também vai até a cor amarela e leva em consideração o fato de esses pacientes terem, além de agravos físicos, os psicológicos.

“O novo protocolo é resultado do trabalho de uma comissão que revisou e reescreveu o Manchester adaptando-o a realidade de Campinas, com algumas mudanças no fluxo do atendimento de portas das unidades”, explica a supervisora de Planejamento Assistencial na área de urgência e emergência da Rede Mário Gatti, Cassiana Kelly Sales.

Além de Cassiana, o projeto foi coordenado por Carolina de Mendonça Carvalho, da coordenação de Planejamento Assistencial do Hospital Mário Gatti, e pelo supervisor da UPA Anchieta Metropolitana, Paulo Henrique dos Santos. Também participaram representantes dos dois hospitais municipais e das quatro unidades de pronto atendimento.

Capacitação

A capacitação tem 148 enfermeiros inscritos e ocorrerá até 12 de agosto, com turmas no período da manhã e a tarde. O curso tem carga horária de quatro horas.

A classificação de pacientes que chegam nas unidades de urgência e emergência é feita pela equipe de enfermagem, que utiliza informações da escuta qualificada e de dados vitais como pressão arterial, oxigenação, pulso e temperatura. Os pacientes são, então, classificados por cores.

A cor vermelha significa emergência e o paciente deve ser atendido imediatamente. A laranja indica muito urgente e o paciente pode esperar no máximo 10 minutos para ser atendido. Casos urgentes, nos quais a gravidade é moderada, são classificados em amarelo. O tempo de espera pode ser de 60 minutos. Os classificados como verde (casos menos graves) e azul (não urgentes e que poderiam ser atendidos em centros de saúde), esperam mais tempo.

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