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Rede Mário Gatti padroniza atendimento para casos de infecção grave

As unidades de pronto atendimento (UPAs) da Rede Mário Gatti iniciaram a implantação de protocolo para o atendimento de pacientes com suspeita de infecção grave. São procedimentos para o diagnóstico precoce e padronização de medidas iniciais para o manejo da sepse, como é mais conhecida essa doença complexa e grave, que ocorre quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a uma infecção.

O protocolo está implantado na UPA Anchieta Metropolitana e a previsão é que, até o final deste mês, as UPAs Campo Grande, Carlos Lourenço e São José, também passem a adotar, informa a coordenadora do Núcleo de Educação em Urgência (NEU) da Rede Mário Gatti, Eliana dos Santos Paião Pereira.

As unidades já adotavam medidas para o diagnóstico precoce. Com o protocolo, essas medidas passam a ser padronizadas e unificadas. As equipes estão passando por capacitação para aumentar o reconhecimento da sepse, seu diagnóstico e tratamento precoce permitindo, assim, a aplicação do pacote de medidas de contenção da doença.

As unidades estão sendo abastecidas com antibióticos de amplo espectro e material para a realização de cultura de urina, sangue e secreção. A partir da suspeita de sepse, com base em sinais clínicos como febre, queda de pressão ou rebaixamento no nível de consciência, o médico pede as culturas, inicia a aplicação de antibiótico e outras medidas clínicas.

Incidência

Sepse é importante problema de saúde que, segundo a Organização Mundial de Saúde, mata 11 milhões de pessoas a cada ano. Segundo o Instituto Latino-Americano de Sepse (Ilas) são registrados cerca de 400 mil casos de sepse em pacientes adultos por ano. Desse total, 240 mil morrem, um índice de 60%. Entre as crianças, o número anual de casos é de 42 mil, dos quais 8 mil não resistem, representando um percentual de 19%.  

A doença prejudica o funcionamento do organismo, impedindo que o sistema circulatório forneça oxigênio e nutrientes aos órgãos. A sepse pode evoluir para o choque séptico, quando a pressão arterial fica muito baixa, mesmo com tratamento intensivo.

 Essa infecção pode ser bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários, e gera uma inflamação para tentar combater o agente infeccioso. Porém, essa resposta pode comprometer o funcionamento de vários órgãos, levando ao que é chamado de disfunção ou falência múltipla de órgãos.

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