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Nossa Cidade

Referência em pesquisas e preservação, FJPO comemora seus 36 anos

A Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO), gestora da Mata de Santa Genebra, encerra neste domingo, dia 6 de agosto, as comemorações pelo seu 36º aniversário. Fundada em 14 de julho de 1981, ela se firma cada dia mais como referência nos trabalhos e pesquisas voltadas para a preservação da fauna e da flora do remanescente de Mata Atlântica, que é hoje, a maior floresta urbana da Região Metropolitana de Campinas.

Com 26 funcionários, a Fundação conta com equipe administrativa, biólogos e engenheiro ambiental.

A Fundação tem um importante papel no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos desenvolvidos na ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) Mata de Santa Genebra. Atualmente, 30 projetos de pesquisa estão sendo desenvolvidos por diferentes instituições do País. O acompanhamento pela equipe da Fundação envolve desde o apoio logístico em campo até o recebimento e arquivamento dos resultados finais dos trabalhos acadêmicos.

A reserva ecológica gerenciada pela Fundação possui 251,7 hectares de Mata Atlântica, totalizando um perímetro de 9 quilômetros. É uma Unidade de Conservação Federal com grande diversidade de fauna e flora nativa.

Este pedaço de floresta, conhecido por muitos como Mata de Santa Genebra, abriga 317 espécies animais, sendo 50 de mamíferos, 36 de répteis, 17 de anfíbios e 214 de aves. Destas espécies, pelo menos 10 estão ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo, entre elas o bugio-ruivo, a onça-parda, a jaguatirica e, entre as aves, o soldadinho.

A Arie (Área de Relevante Interesse Ecológico) Mata de Santa Genebra também é uma fonte de riqueza quando o assunto é plantas. São 659 espécies registradas. Destas, aproximadamente 20 também constam na lista de espécies ameaçadas de extinção, de acordo com o Instituto Botânico de São Paulo.

“A Fundação José Pedro de Oliveira é gestora de um bem muito precioso não só para Campinas, mas para todo o País. Temos aqui centenas de espécies de animais e de plantas, muitas com risco de deixarem de existir”, disse o presidente interino da instituição, João Batista Meira. “Nossa responsabilidade na preservação deste pedaço de floresta dentro da cidade é muito grande, além de ser um trabalho gratificante, que converge com a política de meio ambiente implementada por esta gestão”, completou.

 

Interação com a comunidades

Como parte das ações de preservação da Mata, a Fundação desenvolveu nos últimos anos projetos que têm como objetivo aproximar a comunidade da Arie. Entre eles, a Visita Monitorada, a Caminhada Noturna, o Guia Colaborativo, a Fotografia da Natureza, a Ecoférias na Mata, os Construtores de Floresta e o Passeio Ciclístico, Caminhada e Corrida da Mata.

De acordo com o biólogo da Fundação Cristiano Krepsky, os projetos têm dado resultado e trazido a comunidade para mais perto da Mata. “Conhecer para preservar. Sem dúvidas este é um lema adotado por nossa equipe. Quanto mais as pessoas conhecem, mais elas lutam para preservar”, afirmou.

Ainda segundo Krepsky, “abrir” a Mata traz encantamento e um sentimento de pertencimento. “As pessoas ficam encantadas quando têm a chance de ver de perto o habitat de tantos animais”, disse.

A adesão às ações desenvolvidas pela Fundação tem sido grande. Para a maioria dos projetos, as inscrições se encerram logo após serem abertas. “Temos sempre um limite de inscritos, porque são ações monitoradas por nossas equipes. Mas a resposta e às avaliações têm sido, sem dúvidas, muito positivas”, completou.

Em 2016, mais de 5,5 mil pessoas participaram das atividades desenvolvidas pela Fundação; este ano, só no primeiro semestre, já são mais de 3 mil participantes.

 

Feirata

Outro projeto que está sendo lançado pela Fundação, como parte das comemorações dos 36 anos, é a Feirata, uma feira de produtos sustentáveis. A primeira edição será neste domingo, dia 6 de agosto, mas a ideia é que ela aconteça de forma periódica.

O objetivo da feira é contribuir para o desenvolvimento cultural e econômico ao proporcionar alternativas de renda e trocas culturais, melhorando a qualidade de vida das comunidades envolvidas e ampliando as parcerias para a conservação da Arie (Área de Relevanta Interesse Ecológico) Mata de Santa Genebra.

O evento, que será das 10h às 17h, é gratuito e aberto ao público. Segundo os organizadores, vários expositores levarão seus produtos, que serão comercializados no local.

 

Programação de aniversário

Ainda como parte das comemorações dos 36 anos da Fundação José Pedro de Oliveira, haverá Caminhada, Corrida e Passeio Ciclístico, Visita ao Borboletário e mais uma edição da Visita Monitorada (inscrições já encerradas).

Com exceção da Visita ao Borboletário, para as outras atividades é preciso fazer inscrição antecipada. Para a Caminhada, a Corrida e o Passeio Ciclístico, os interessados podem se inscrever pelo site http://bit.ly/2uRLxea.

Também haverá uma programação especial para a criançada, das 10h às 17h, haverá a exposição “Meus amigos do Bosque”, que combina imagem, poesia e educação ambiental. Às 14h, Michel Bueno de Moraes vai contar para os pequenos a história “De que cor são minhas asas”, que narra a vida de uma taturana que nasce sem pelos e ao se transformar em mariposa algo incomum acontece. A atividade traz uma importante reflexão sobre tolerância e respeito.

Às 15h, as atrizes Márcia Marchette e Teca Rios, do Grumaluc Teatro de Bonecos, apresentarão o espetáculo “Porã e Potira”.

Durante todo o dia também haverá oficinas de percussão e musicalização para todas as idades, incluindo vivências sonoras com o corpo e também instrumentos percussivos com Aline Marque Colares.

Mais informações sobre as ações desenvolvidas pela Fundação José Pedro de Oliveira podem ser obtidas no site da Fundação (http://www.fjposantagenebra.sp.gov.br/) ou pelo e-mail contato.fundacao@fjposantagenebra.sp.gov.br . A Fundação fica na Rua Mata Atlântica, 447, Bosque de Barão Geraldo.

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