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Reformas no Centro devem ser aprovadas neste ano para ter incentivos fiscais em 2024

Reformas no Centro devem ser aprovadas neste ano para ter incentivos fiscais em 2024

Pessoas interessadas em se beneficiar das isenções fiscais previstas na lei para a reforma de imóveis no Centro de Campinas devem aprovar os projetos e obter o alvará de execução na Prefeitura até o fim deste ano para passar a usufruir a partir de 2024. Para fazer parte do programa de reabilitação de edificações do “Nosso Centro”, que concentra ações do Plano de Requalificação da Área Central (PRAC), o passo inicial é a apresentação do projeto para análise na Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. Com a aprovação do projeto de requalificação já é emitido o alvará de execução da obra, que permite ter acesso às isenções.

A finalidade da lei é estimular moradores e comerciantes a revitalizarem seus imóveis (prédios e casas), contribuindo para modernização de negócios, atrair mais pessoas para morar no centro e também novos empreendimentos. Antes do pedido ser protocolado, o responsável pode realizar uma consulta preliminar sobre o enquadramento na legislação com os técnicos da pasta no 19º andar da Prefeitura, mediante agendamento prévio pelo telefone (19) 2116-0160, das 9h30h às 12h30h e das 14h às 16h30. A consulta é opcional.

As informações sobre a legislação e orientações sobre como protocolar o projeto de reabilitação estão disponíveis no site da Prefeitura, em https://portal.campinas.sp.gov.br/secretaria/planejamento-e-urbanismo/pagina/nosso-centro. Os projetos deverão ser protocolados digitalmente no Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Prefeitura. Na página também estão os formulários com a lista de documentação obrigatória, e o “Manual de Reabilitação de Edificações – SEI” e o “Manual de Cadastro Usuário Externo – SEI”.

Benefícios

Os incentivos fiscais para a reforma do imóvel começam a ser aplicados a partir do ano seguinte ao da aprovação do projeto e emissão do alvará de execução da obra pela Secretaria de Urbanismo da Prefeitura.

São previstas três categorias de intervenções para a reabilitação de imóveis: integral, parcial e mínima. Há critérios para enquadramento dos projetos em cada uma delas. Os incentivos fiscais variam conforme as categorias: isenção do IPTU durante a obra e alíquota progressiva posterior, que pode chegar a 11 anos de benefício; redução de 5% para 2% da alíquota do ISSQN para serviços de construção civil; isenção de ITBI para obra e transferências iniciais. Também há a dispensa do pagamento da Outorga Onerosa do Direito de Construir e a isenção de taxas de licenciamento urbanístico de obras. 

São estimuladas obras que melhorem a salubridade, a acessibilidade e a interface dos imóveis com o entorno, pontos importantes para análise dos incentivos. Pode haver remodelação de fachadas e calçadas, de elevadores e portarias, por exemplo, assim como adequações de segurança e contra incêndios. A possibilidade de mudar a destinação de uso de comercial para residencial e vice-versa, e o uso misto do imóvel, são outros incentivos aos proprietários. A reconfiguração interna de apartamentos e construções em locais de vagas de garagem, como pontos comerciais e áreas de lazer, também podem ser realizadas.

A lei complementar 395, de 28 de dezembro de 2022, e o decreto regulamentador 22.779, de 10 de maio de 2023, dispõem sobre os incentivos urbanísticos e fiscais para reabilitação de edificações na área central de Campinas. O decreto criou a Comissão Técnica de Análises Específicas de Projetos de Reabilitação, responsável pela análise e acompanhamento da tramitação dos processos de reabilitação na Prefeitura. A equipe já atendeu representantes de sete ideias de projetos que poderão se beneficiar da lei de incentivos. 

Os incentivos para a requalificação dos imóveis abrangem um polígono central formado pelas ruas Marechal Deodoro; Avenida Anchieta/Rua Irmã Serafina; Avenida Moraes Sales; Praça Floriano Peixoto e Rua Dr. Ricardo. Cobre uma área de 95 hectares no Centro de Campinas. São cerca de 1.900 lotes, onde ficam 429 imóveis verticais e 1.400 horizontais. Segundo estimativa dos técnicos da Prefeitura, 90% deles podem ser beneficiados (edificações aprovadas antes de 1988). Os benefícios aplicam-se aos imóveis diretamente inseridos no polígono e também aos situados do outro lado das vias que delimitam seu perímetro.

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