Roda de Conversa marca Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa

Uma roda de conversa na sede da Coordenadoria Setorial de Promoção da Igualdade Racial (Cpir) na segunda-feira, dia 21 de janeiro, às 19h, celebrará o Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa. Promovido pelo Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa e pela Cpir, ambos órgãos da Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos de Campinas, o evento tem como objetivo discutir a temática do respeito a todas as religiões.

O evento abordará a intolerância religiosa e como ela leva pessoas a praticar atos de exclusão, restrição ou preferência entre indivíduos com o fim de anular ou restringir sua liberdade ou direitos. Dados de todo o País mostram que o número de casos tem se mantido constante. Somente no primeiro semestre de 2018, o Ministério dos Direitos Humanos recebeu 210 denúncias. Em 2017 foram 573 casos, sendo 759 em 2016 e 556 em 2015.

O Estado de São Paulo desponta como o campeão de registros nos anos de 2015, com 37 casos e 2018, com 42 casos. Somente em Campinas, o CR em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa registrou quatro casos em 2017 e nove casos em 2018.

A coordenadora do CR, Jacqueline Damásio, ressaltou que a ampliação do número de casos em Campinas confirma a constatação da Assessoria de Diversidade Religiosa do Ministério dos Direitos Humanos de que a intolerância tem crescido. “A melhor religião é aquela que me faz uma pessoa melhor. A pluralidade de ideias, o Estado laico e a liberdade religiosa são direitos constitucionais que precisam ser garantidos pelo estado. Na nossa roda de conversa queremos discutir respeitosamente esses temas. Faremos isso porque acreditamos que o caminho para um Brasil melhor passa pelo respeito e diversidade.”

Orientação e ação

O CR em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa de Campinas foi criado em 2016. Conta com uma equipe de profissionais que oferece serviços como orientações para realização de boletim de ocorrência e sobre os trâmites de processo judicial. Pode atuar também como intermediário na resolução amigável de conflitos.

Os serviços do Centro estão disponíveis para pessoas que tenham sido vítimas de preconceito racial ou discriminação religiosa, que queiram relatar práticas contra alguém ou estejam interessadas em ações de promoção da igualdade racial e tolerância religiosa.

O Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído pela Lei nº 13.914/2010. A data recorda o falecimento da Iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos (Mãe Gilda), que foi acusada de charlatanismo, além de ter sua casa atacada e membros de sua comunidade agredidos. Em consequência do ataque, Mãe Gilda teve um infarto do miocárdio e faleceu. Além de constar do calendário oficial do município de Campinas, a data também é celebrada nacionalmente, conforme estipula a lei federal 11.635, de 27 de dezembro de 2007.

Serviço:

Roda de Conversa sobre discriminação religiosa
Onde: Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial, Avenida Campos Sales, 427, Centro
Quando: 21 de janeiro, às 19h
Entrada franca