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Samuzinho na Escola começa nesta sexta-feira, 7 de junho, na Emef Vicente Ráo
A Rede Municipal Dr. Mário Gatti e Urgência, Emergência e Hospitalar (RMG) inicia nesta sexta-feira, dia 7 de junho, o projeto-piloto Samuzinho na Escola. O objetivo é apresentar às crianças na faixa etária de 8 a 9 anos, matriculadas no 4º ano do Ensino Fundamental, medidas necessárias para socorrer uma pessoa, enquanto a ambulância não chega, e também conscientizar sobre a importância do serviço para diminuir trotes.
Durante o projeto, as crianças vão receber noções de primeiros socorros, de prevenção de acidentes domésticos e de trânsito e apreenderão como utilizar adequadamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os estudantes também vão entender como funciona o Samu, seus fluxos de atendimento e tipos de casos atendidos. Faz parte da agenda de atividades um momento para que as crianças visitem uma viatura do Samu.
O Samuzinho na Escola foi desenvolvido pelo Núcleo de Educação em Urgência (NEU) da Rede Mário Gatti e contará com atividades lúdicas, dinâmicas e dramatizações. Como suporte às ações, a equipe do NEU também desenvolveu uma cartilha que traz propostas de atividades para serem desenvolvidas pelas crianças como lição de casa, junto com suas famílias.
A unidade de ensino escolhida para receber o projeto-piloto será a Escola Municipal de Educação Infantil (Emef) Vicente Rao. Serão dez encontros com os alunos do quarto ano do Ensino Fundamental da instituição, um por semana, nos meses de junho, julho e agosto (menos no período de férias escolares). As atividades ficarão sob a responsabilidade das enfermeiras Eliana dos Santos Paião Pereira e Cassiana Kelly Sales.
Segundo o diretor de Urgência e Emergência da Rede Mário Gatti, Steno Pieri, o projeto foi desenvolvido para orientar as crianças a como procederem em algumas situações críticas, em que é preciso acionar o socorro. “No caso dos pais ou avós passarem mal em casa e a criança estar sozinha, por exemplo, ter esse treinamento vai ajudá-la a saber como acionar o Samu, o que dizer ao telefonista e ao médico do serviço, e até a prestar os primeiros socorros”, afirmou.
“Esse é um projeto-piloto e com o sucesso dele queremos disponibilizá-lo, por meio de convênio com a Secretaria de Educação, a todas as escolas. Vamos formar multiplicadores do bem, que consigam não apenas realizar primeiros socorros, se for necessário, mas também dividir o conhecimento com a família e amigos”, disse Steno. Ele também destacou que o treinamento vai auxiliar na conscientização das crianças para que não passem trotes no telefone do Samu. Por mês, o serviço recebe cerca de 650 trotes e toda vez que um telefonista atende um trote, ele deixa de prestar ajuda a alguém que precisa de verdade.
O Samuzinho na Escola é uma iniciativa que integra as atividades propostas pela Lei Lucas. Sancionada em 2018, essa lei trata da obrigatoriedade de treinamento em primeiros socorros para funcionários de escolas da rede municipal e particular do município. O menino Lucas, que dá nome à lei, morreu aos dez anos, em setembro de 2017, com asfixia causada por engasgamento, durante um passeio escolar promovido por escola particular.