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Sanasa debate novo marco do saneamento em congresso nacional do setor de abastecimento
O painel “O Marco do Saneamento e os Decretos Regulamentadores”, com a participação do presidente da Sanasa e vice-presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Manuelito Magalhães Júnior, abriu a programação do 51° Congresso da Assemae na manhã desta terça-feira, 19 de setembro, em Poços de Caldas (MG). O debate reuniu representantes de empresas municipais de saneamento, da Câmara dos Deputados e do Ministério das Cidades.
O Decreto Regulamentador 11.599/23, que altera o novo Marco do Saneamento, foi um dos principais assuntos abordados, pois além de dificultar o financiamento de obras, retira a autonomia dos municípios. “As decisões têm que ficar única e exclusivamente a cargo dos municípios, são eles que deverão arcar com as metas”, enfatizou Manuelito.
Faltando dez anos para o Brasil atingir a universalização do saneamento, conforme determina o Marco Regulatório do Saneamento, os desafios ainda são muitos, de acordo com o presidente da Sanasa, que durante o painel apresentou um panorama do setor. Hoje, 33 milhões de pessoas vivem sem acesso à água tratada e 93 milhões não têm acesso à coleta de esgoto.
Outros desafios apontados por Manuelito foram a inclusão das áreas rurais nos projetos para obtenção de recursos financeiros, compatibilizar os projetos de saneamento com os de crescimento habitacional e lidar com a falta de insumos e equipamentos. “Não há a menor condição de investir em saneamento com a falta de insumos e de equipamentos, ninguém está olhando para isso. Precisamos articular a indústria brasileira, a pandemia evidenciou esse problema”, alertou o presidente.
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