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Saúde confirma mais 7 casos de maculosa em 2023; todos estão curados

A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta terça-feira, 23 de janeiro, mais sete casos de febre maculosa brasileira. Todos os pacientes evoluíram para cura. Com isso, até o momento, Campinas registrou, em 2023, 17 confirmações da doença. Desse total, sete pessoas morreram. Não há casos confirmados em 2024.   
 
Entre os sete novos casos, estão quatro mulheres e três homens:
 
– Criança do sexo masculino, 7 anos. Os sintomas começaram em 26 de agosto de 2023. O provável local de infecção foi a cidade de Avaré (SP).
 
– Mulher, 46 anos. Os sintomas começaram em 27 de agosto de 2023. O provável local de infecção está em investigação.
 
– Mulher, 19 anos. Os sintomas começaram em 29 de agosto de 2023. O provável local de infecção foi o Parque Ecológico.
 
– Criança, sexo masculino, 11 anos. Os sintomas começaram em 10 de setembro de 2023. O provável local de infecção está em investigação.
 
– Criança, sexo feminino, 9 anos. Os sintomas começaram em 12 de setembro de 2023. O provável local de infecção foi o Recanto dos Dourados.
 
– Homem, 24 anos. Os sintomas começaram em 26 de setembro de 2023. O provável local de infecção foi no Parque Dom Bosco.
 
– Criança, sexo feminino. Os sintomas começaram em 4 de outubro de 2023. O provável local de infecção foi uma chácara no bairro San Martin.
 
"A redução na ocorrência de mortes é resultado de ações de comunicação e educação em saúde, direcionadas tanto à população quanto aos profissionais de saúde. Vale destacar, também, a conscientização dos pacientes com sintomas característicos que frequentaram áreas de risco, instalação de placas informativas, criação de legislação, capacitação de equipes de atendimento e o trabalho contínuo de vigilância", afirmou a coordenadora da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), Marcela do Prado Coelho. 
 
Ações 
 
A Saúde realiza constantes atividades de prevenção, como palestras, ações casa a casa, pesquisas acarológicas, visitas domiciliares a casos suspeitos, vistorias em locais prováveis de infecção, capacitações a profissionais de saúde, intensificação da comunicação de risco, medidas de educação em saúde à comunidade e produção de vídeos educativos para as redes sociais. 
 
Apenas no ano passado foram mais de 130 atividades do gênero, sendo que parte delas foi voltada ao Exército. 
 
A Prefeitura de Campinas também adotou mais medidas de combate à doença. Uma delas foi a mudança do nome do Comitê de Enfrentamento das Arboviroses para Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses e Zoonoses, no ano passado. A medida é importante porque traz a febre maculosa como discussão para dentro do comitê intersetorial que reúne secretarias municipais e autarquias que tomam decisões oportunamente.
 
Outra providência foi a sanção da lei 16.418, em 2023, que obriga os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela a informar sobre o risco de febre maculosa. Para atender à lei, foi realizada uma capacitação para orientar e esclarecer dúvidas destes profissionais.
 
Além disso, reforçou todas as ações de comunicação, informação e mobilização contra a febre maculosa nos parques públicos com aumento de placas e distribuição de cartazes para farmácias e centros de saúde nas imediações de áreas consideradas de risco. 
 
Cuidados
 
A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato-estrela infectado.
 
Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença (febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo).
 
Ao apresentar um destes sinais, a pessoa deve procurar imediatamente o serviço de saúde e informar que teve contato com o carrapato e/ou esteve com locais de risco, pois os sintomas podem ser confundidos com com outras doenças febris agudas, como dengue e leptospirose. 
 
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