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Saúde confirma mais duas mortes por dengue em Campinas e total chega a 16

A Secretaria de Saúde confirmou mais duas mortes por dengue em Campinas na tarde desta terça-feira, 30 de abril. As vítimas morreram entre 28 de março e 8 de abril (confira os detalhes abaixo). Com isso, a cidade passa a contar com 16 óbitos em decorrência da doença em 2024.

Entre 1º de janeiro e 30 de abril foram confirmados 70.052 casos de dengue em Campinas. Como em todas as situações de casos confirmados, as medidas preconizadas foram desencadeadas oportunamente na região. Foram realizados controle de criadouros, busca ativa de pessoas com sintomas e nebulização. 

A Prefeitura de Campinas mantém ações ininterruptas de combate e prevenção à dengue no município, com eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, ações educativas e de mobilização da sociedade e organização e limpeza da cidade. No entanto, é preciso contrapartida da sociedade. As pessoas precisam eliminar criadouros – tudo o que possa acumular água – e dar a destinação correta ao lixo. 

Levantamento das secretarias municipal e estadual de Saúde indicam que 80% dos criadouros estão dentro das casas. Por isso, é importante que cada cidadão cuide de seu espaço e permita a entrada dos agentes de saúde, pois quase metade dos espaços não é acessada pelos profissionais por estarem fechados, desocupados ou em razão de impedimento dos moradores.

Vítimas

– Mulher, 74 anos, com comorbidades, moradora da área de abrangência do CS Costa e Silva. Foi atendida na rede privada. Teve início dos sintomas em 25 de março e morreu em 28 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.

– Homem, 83 anos, com comorbidades, morador da área de abrangência do CS Taquaral. Foi atendido na rede privada. Teve início dos sintomas em 3 de abril e morreu no dia 8 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 3.

Orientações 

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico e tratamento. A Secretaria de Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita ou dengue confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia. Por isso, é preciso beber soro de reidratação oral e água nos volumes indicados por orientações médicas para evitar complicações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas, como ingerir por volta de 60 mL por quilo de peso. 

O que já foi feito

– Durante 2023 um estudo da Secretaria de Saúde mostrou que a cidade viveria uma nova epidemia de dengue. Por isso, foram desencadeadas diversas medidas para o enfrentamento da doença. Muitas delas consideradas adicionais ao planejamento regular de prevenção e combate à dengue. O plano inclui Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e novo site para divulgar informações.

– Em dezembro do ano passado foram reforçados os estoques dos principais insumos usados no tratamento da dengue para garantir o atendimento dos pacientes da rede municipal de saúde. A administração divulgou uma projeção de pelo menos 100 mil casos da doença em 2024. 

– A Prefeitura realizou neste ano 13 mutirões, incluindo um regional, onde visitou pelo menos 53 mil imóveis para orientar a população e retirar criadouros do mosquito. Contudo, em cada ação, quase metade dos espaços não é acessada pelos agentes por estarem fechados, desocupados ou em razão de impedimento dos moradores.

– A Administração passou a usar a estratégia de utilização de drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.

– Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe, via WhatsApp, mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento. Até 25 de abril, 21.220 pacientes foram acompanhados. Do total, 7.630 foram reencaminhados aos serviços de saúde. 

– A Prefeitura criou ainda o Grupo de Resposta Unificada (GRU), que envolve todas as áreas com objetivo de agilizar respostas e fiscalizações para denúncias que tratam de criadouros.

– A Secretaria de Serviços Públicos intensificou o trabalho de coleta de lixo e entulhos e, com isso, passou a recolher 4 mil toneladas a mais de resíduos urbanos por mês.

– Aos sábados, a Secretaria de Saúde passou a abrir alguns centros de saúde das 7h às 17h para ampliar o atendimento dos pacientes.

– A Secretaria de Comunicação desenvolveu uma grande campanha publicitária com peças educativas para veiculação em rádios, redes sociais, sites e emissoras de TV, além de outdoors espalhados pela cidade.

Ações em números – (atualização até 25/4)

– Controle de criadouros: 386,7 mil imóveis visitados

– Nebulização: cobertura de 107,1 mil imóveis

– Busca ativa + controle de criadouros: 86,6 mil imóveis visitados

– Avaliação de densidade larvária: 58,3 mil imóveis visitados

– Pontos estratégicos e imóveis especiais: 1,7 mil imóveis visitados

Comitê de prevenção

A Prefeitura conta com um comitê de prevenção e controle de arboviroses desde 2015, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. Ele reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos, Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa. No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde.

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