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Saúde de Campinas faz exposição sobre vigilância participativa e saúde silvestre em simpósio inédito

Campinas fez uma apresentação sobre vigilância participativa e saúde silvestre durante o I Simpósio de Saúde Única do Estado de São Paulo. O evento inédito ocorreu em 24 de outubro, e reforçou a interligação entre saúde de humanos, animais e meio ambiente, por meio da abordagem de temas como acidentes com escorpiões e doenças como febre maculosa.

A Saúde Única é uma abordagem global que propõe equilibrar e otimizar de forma sustentável a saúde de pessoas, animais e meio ambiente. Campinas expôs no evento o tema “Vigilância Participativa e Saúde Silvestre – a experiência intersetorial de Campinas”, com apresentação da coordenadora da Vigilância de Determinantes Ambientais da Saúde, Elen Fagundes. 

“Participar de um evento com essa importância para o Estado é uma oportunidade para Campinas contribuir com a discussão da Saúde Única no contexto nacional e enfatizar o quanto o trabalho intersetorial e multidisciplinar é uma forte estratégia para alcançarmos melhores resultados na proteção da saúde das pessoas da nossa cidade”, destacou Elen.

Também participaram da apresentação a coordenadora da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), Marcela Coelho, e o técnico em agropecuária da UVZ Vladson de Mello.

Mais iniciativas em Campinas

A estratégia de participação da Secretaria de Saúde no evento reforça outras iniciativas aplicadas pelo município, como o projeto “Campinas Cidade Resiliente”, da Defesa Civil e Secretaria de Saúde. Desde 2021 a cidade usa o aplicativo Siss-Geo para tentar antecipar a ocorrência da circulação de doenças em animais que possam atingir os moradores.

A experiência é pioneira em São Paulo. “A partir do registro do encontro de animais mortos ou doentes na ferramenta, é possível desencadear ações integradas e mais ágeis para identificar situações emergenciais de saúde pública. Esses animais são sentinelas e podem indicar o risco de circulação de vírus ou outros agentes causadores de doenças transmissíveis para a população”, explicou Elen.

O diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado, também valorizou a importância do “Campinas Cidade Resiliente”. O enfrentamento da pandemia de covid-19  em Campinas materializou a importância do trabalho sistêmico e  a importância da vigilância participativa. A parceria entre Defesa Civil e Secretaria da Saúde demonstra a relevância deste tema”, frisou.

A coordenadora da UVZ, Marcela Coelho, enfatizou a necessidade do trabalho reunir diferentes departamentos e envolver a população para promover a saúde e prevenir desastres. “A vigilância participativa tem se mostrado um caminho promissor para a saúde única.”

Cidade premiada

Em abril, Campinas, por meio do programa “Campinas Cidade Resiliente”, foi escolhida como uma das cidades embaixadoras do Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde. Com isso, a experiência da metrópole, pioneira no estado de São Paulo, serve de modelo que outros municípios de São Paulo e do Brasil possam se estruturar para também implantar o recurso.

Pelo menos 300 pessoas já foram capacitadas para uso do sistema, incluindo agentes públicos de outras regiões do país e representantes da sociedade civil.

Saiba mais sobre a escolha de Campinas como embaixadora do SISS-Geo em https://portal.campinas.sp.gov.br/noticia/48123.

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