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Saúde destaca desafios para ampliar assistência em Campinas durante prestação de contas na Câmara

Gestores da Secretaria de Saúde de Campinas apresentaram nesta segunda-feira, 27 de maio, a prestação de contas da Pasta e da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar referente ao 1º quadrimestre de 2024 em audiência na Câmara dos Vereadores.

O Relatório Detalhado do 1º Quadrimestre de 2024 (RDQA) foi demonstrado para a Comissão Permanente de Políticas Sociais e Saúde, presidida pelo vereador Paulo Haddad (Cidadania). O encontrou durou uma hora e houve transmissões pela TV e internet. 

O secretário de Saúde, Lair Zambon, destacou na abertura da apresentação os desafios enfrentados pela Administração para ampliar e qualificar a assistência, além de manter atendimentos sobre todos os tipos de patologias em meio à maior epidemia nacional de dengue. Ele lembrou ainda de reflexos decorrentes do período mais severo da pandemia de covid-19, que deixou de ser emergência em saúde global apenas em maio do ano passado.

“Todos trabalharam muito. Eu queria agradecer a atenção básica, que entendeu toda nossa preocupação em relação às outras patologias. Teve centro de saúde que atendeu quase 200 casos [sintomáticos] de dengue em um dia e, ao mesmo tempo, atendeu diabetes, pré-natal. Fiquei orgulhoso de estar à frente deste grupo. Eu, Deise Hadich [secretária adjunta de Saúde] e diretores”, ressaltou Zambon.

O secretário lembrou que Campinas começou a se preparar para a epidemia no último trimestre de 2023 com uma série de medidas consideradas adicionais sobre o plano regular de prevenção e combate à dengue, que começaram a ser copiadas por outros municípios. Além de atuar para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, a Saúde promoveu ações para educar a população e qualificar a assistência nas redes pública e particular de saúde na cidade com capacitações e orientações. 

A diretora do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Organizacional (DGDO), Erika Cristina Jacob Guimarães, ressaltou diversos pontos que tiveram avanços.

O RDQA referente ao período de janeiro a abril deste ano inclui: intensificação e qualificação das ações assistenciais relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis, incluindo procedimentos e internações clínico-cirúrgicas; manutenção do acesso à Saúde Digital; uso de inteligência artificial para ampliar o acesso à informação aos usuários (monitoramento dengue, confirmação de consulta e controle de faltas); qualificação das filas das ofertas de consultas e exames especializados para otimizar recursos; todas as unidades da Saúde com acesso garantido ao Siresp, o que permite qualificação às consultas de média e alta complexidade; melhora do indicador de cobertura dos CAPS após a unidade instalada no Parque Itália começar a funcionar 24 horas; maior agilidade nos processos de compras e contratações; superação da meta relacionada à disponibilidade de medicamentos; disponibilização de hotsites específicos (arboviroses, febre maculosa, vacinas e doenças respiratórias); ênfase nas ações de imunização e de saúde bucal; recomposição de equipes em categorias estratégicas; e atualização da carta de serviços.

Os números do período

O balanço mostra que Campinas investiu R$ 626,6 milhões em ações desenvolvidas pela Pasta e pela autarquia responsável por administrar os hospitais Ouro Verde, Mário Gatti e Mário Gattinho, as quatro unidades de pronto atendimento (UPAs) e o Samu.

Recursos arrecadados pelo município com impostos pagaram a maior destas despesas: 489,4 milhões, o equivalente a 20,95% da receita de impostos, percentual acima do mínimo constitucional de 15% e do mínimo de 17% estabelecido pela Lei Orgânica de Campinas.

As despesas da Secretaria de Saúde somaram R$ 295,6 milhões, dos quais R$ 165,7 milhões foram gastos com pessoal e encargos. Na Rede Mário Gatti, as despesas somaram R$ 189,4 milhões, sendo R$ 87,3 milhões com pessoal e encargos.

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