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Secretaria de Saúde confirma mais três mortes por dengue e total sobe para 23

A Secretaria de Saúde confirmou na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, mais três mortes por dengue em Campinas. Os óbitos foram entre 18 de março e 17 de abril – veja detalhes abaixo. Com isso, o número de vidas perdidas em decorrência da doença subiu para 23.

Desde 1º de janeiro foram confirmados 82.053 casos de dengue na cidade. Assim como em todas as situações de casos registrados, medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as vítimas: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.

A Saúde lamenta as mortes e se solidariza com as famílias. Além disso, reitera o alerta feito desde 2023 com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.

A epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas apesar da série de esforços da Administração para combater a doença e aprimorar a assistência em saúde: a circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história, e condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor registradas desde outubro.

Perfil das vítimas
 

  • Sexo masculino, 66 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS DIC III. Ele teve início dos sintomas em 24 de março e o óbito ocorreu no dia 30 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.

 

  • Sexo feminino, 48 anos, sem comorbidade. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Santa Lúcia. Ela teve início dos sintomas em 12 de abril e o óbito ocorreu em 17 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.

 

  • Sexo feminino, 90 anos, com comorbidades. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Conceição. Ela teve início dos sintomas em 12 de março e o óbito ocorreu em 18 do mesmo mês. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.

Orientações sobre assistência

A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.

“A gravidade por dengue, ela se dá, principalmente, na fase que a gente considera crítica, quando a pessoa deixa de ter febre. Ela já não tem febre. Diferente de outras viroses, que quando melhora a febre, quando a gente vê que está tendo resolução, na dengue, isso é diferente. Então, nesse momento, as pessoas devem estar muito atentas se elas melhoraram ou se elas começam a ter algumas alterações, como muitos vômitos, algum sinal de sangramento, por exemplo, na gengiva, a mulher menstruada, ela começa a menstruar no maior volume e, além disso, se ela tem aquela sensação de desmaio, ela começa a se sentir mais indisposta. Essas pessoas têm que voltar imediatamente para a assistência médica para fazer hidratação, muitas vezes, na veia. Uma outra questão que faz a pessoa ter um desfecho favorável é conseguir beber a quantidade de líquido prescrita, que são 60 ml por quilo de peso, que isso é em qualquer líquido e um terço disso em sais de hidratação oral”, alertou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea Von Zuben.

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