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Nossa Cidade

Sem trégua pro Aedes: Campinas visita 7,1 mil imóveis no 6º mutirão contra a dengue

Agentes de Saúde visitaram 7,1 mil imóveis durante o 6º mutirão de 2024 para a prevenção e combate à dengue em Campinas. A ação ocorreu no sábado, 9 de março, e percorreu os bairros Núcleo Residencial Gênesis, Núcleo Residencial Getúlio Vargas, Núcleo Residencial Parque Dom Bosco, Parque São Quirino, Jardim Santana, Vila Nogueira, Cafézinho, Jardim Nilópolis e Capadócia. O resultado inclui ações realizadas na região ao longo da semana.
 
Do total de imóveis visitados, 3,3 mil foram trabalhados para remoção de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, enquanto 3,7 mil (52,8%) deixaram de ser acessados porque os espaços estavam fechados, desocupados e por conta das recusas de moradores às equipes que realizam visitas para realizar os trabalhos.
 
Durante toda semana, funcionários de Serviços Públicos recolheram 715 toneladas de resíduos e entulhos descartados irregularmente em áreas públicas, e 83 bocas de lobo foram limpas. Na região foram usadas 52 toneladas de massa asfáltica para tapar buracos.
 
O mutirão reuniu pelo menos 100 agentes da Saúde, incluindo voluntários e trabalhadores da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminação de criadouros. A ação foi multisetorial e contou com o apoio de profissionais das secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e Trabalho e Renda, além da Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec.
 
A Administração repetiu a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros do Aedes como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono.
 
 
Agenda
 
Os próximos mutirões municipais já têm datas definidas:
 
 
– 23 de março
 
– 6 de abril
 
 
Os locais serão definidos nos próximos dias, conforme situação epidemiológica.
 
 
Estatísticas
 
De 1º de janeiro até esta segunda, 11 de março, Campinas teve 16.053 casos confirmados de dengue e três mortes. Foram registrados ainda dois casos importados de chikungunya.
 
O Aedes é vetor das duas doenças e, por isso, a melhor forma de prevenção é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados.
 
 
Preocupação
 
Campinas registra pela primeira vez na história a circulação simultânea de três sorotipos da dengue: DEN 1, DEN 2 e DEN 3. Além disso, desde o início de outubro ela tem apresentado  condições climáticas consideradas ideais para desenvolvimento e proliferação do Aedes.
 
A Saúde também observou aumento de casos confirmados de dengue nas últimas semanas, três mortes pela doença, e projeções indicam a possibilidade de Campinas alcançar o pico da epidemia no mês de abril.
 
 
Orientações sobre assistência
 
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico sobre a causa do sintoma. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
 
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
 
 
O que já foi feito
 
A Secretaria de Saúde de Campinas informa que desde dezembro de 2023 já colocou em prática uma série de medidas consideradas adicionais, sobre o plano regular de prevenção e combate à dengue, que inclusive começaram a ser copiadas por outros municípios brasileiros diante do contexto do aumento de casos da doença.
 
Neste ano, agentes de Saúde já visitaram 24,5 mil imóveis nos outros cinco mutirões e ações de visitas às residências que antecederam estes trabalhos específicos para orientar a população e eliminar criadouros do mosquito transmissor da doença.
 
O plano inclui uma Sala de Situação para análise sistemática, reorganização da rede municipal de saúde e um novo site para divulgar informações. Estatísticas do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostram que 80% dos criadouros estão nas residências.
 
 
Comitê de prevenção
 
Desde 2015 a Prefeitura conta com um comitê de prevenção e controle de arboviroses, que em 2023 passou a se chamar Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses e Zoonoses. Ele reúne 14 secretarias: Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos. Também participam Defesa Civil, Serviço 156, Rede Mário Gatti, Setec e Sanasa.
 
No comitê é discutida a situação epidemiológica da cidade e, com isso, são desencadeadas as ações intersetoriais e apoio para as ações da Secretaria de Saúde. Mais informações estão no site: https://dengue.campinas.sp.gov.br.

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