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Seminário apresenta estatísticas sobre incidência de câncer em Campinas

Um panorama do câncer em Campinas foi apresentado na manhã desta quinta-feira, 9 de maio, durante o primeiro Seminário do Registro de Câncer de Base Populacional de Campinas, realizado no Salão Vermelho. Promovido pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, o evento fooi destinado a gestores, médicos e enfermeiros das unidades de saúde da SMS e profissionais de unidades públicas e privadas que atendem pacientes com câncer. 

Segundo os dados apresentados, o câncer de próstata, de mama, de cólon e reto são os mais aparecem em Campinas. Entre as mulheres, o câncer de mama corresponde a 28,7% dos casos da doença na cidade, seguido de cólon e reto (12,6%) e glândula tireoide (8,25). Nos homens, o de próstata são 29,1% dos casos. O câncer de cólon e reto é o segundo tipo que mais atinge os homens, correspondendo a 11,3% dos casos da doença e, em terceiro lugar na população masculina, aparece o câncer de traqueia, brônquios e pulmões (6,7%). Os dados foram coletados nos anos de 2010 e 2011. Em 2010, foram diagnosticados 5.585 casos de câncer em Campinas e, em 2011, foram 5.607. 

De acordo com a coordenadora do Registro de Câncer de Base Populacional de Campinas (RCBP), Maria do Carmo Ferreira o mais importante deste evento foi divulgar os dados de Campinas. “As estatísticas ajudam na construção de políticas públicas para o combate ao câncer e para o direcionamento de recursos para o tratamento da doença”, destacou a coordenadora. 

As informações do RCBP de Campinas são provenientes de 34 fontes notificadoras. Os dados de cinco fontes são importados do Registro Hospitalar de Câncer da Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM/SMS). Nas outras 28 fontes, os registros são feitos pela equipe do RCBP conforme o atendimento do sistema de saúde de Campinas. 

O evento contou com a apresentação do Boletim de Mortalidade pela professora Marilisa Berti Barros da Faculdade de Medicina (FCM) da Unicamp. A representante do Instituto Nacional do Câncer (Inca) do Ministério da Saúde Instituto Nacional do Câncer (Inca) do Ministério da Saúde, Marceli de Oliveira Santos, abordou as estimativas e perfil do câncer no Brasil e no mundo. A última palestra do dia foi com a professora Diama Vale, também da FCM, sobre rastreamento do câncer de mama. 

O Registro de Câncer de Base Populacional de Campinas foi aprovado por lei de 2017 e tornou obrigatória a notificação de todos os casos de câncer registrados no município. Instituições de saúde, públicas ou privadas, que atendem pacientes com câncer (pacientes oncológicos) para diagnóstico ou tratamento devem informar os casos para o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa).

Com o registro é possível ter acesso a informações sobre os vários tipos de câncer, identificar grupos de risco e fazer a avaliação e acompanhamento de mortalidade, além de planejar e participar de estudos epidemiológicos. O câncer, como grupo de doenças, é responsável por 48% das mortes em Campinas, ficando atrás somente das doenças cardiovasculares.

Os dados compilados estão disponíveis na página da secretaria de Saúde no portal www.campinas.sp.gov.br.

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