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Nossa Cidade

Seminário “Novas Centralidades Urbanas” discute como melhorar a vida nas cidades

O prefeito Dário Saadi participou da abertura do seminário “Novas Centralidades Urbanas” na manhã desta terça-feira, 9 de abril. O evento foi organizado pela Arq. Futuro, uma plataforma que desde 2011 fomenta a discussão sobre como melhorar a vida nas cidades. A conferência conta com palestrantes internacionais e expoentes brasileiros dos setores público e privado, meio acadêmico e terceiro setor para debater o futuro dos municípios.

Para o prefeito, trazer o seminário de novas centralidades para Campinas é importante pela oportunidade de discutir com especialistas uma cidade mais sustentável, que respeite o meio ambiente, com qualidade de vida.

“Campinas é uma referência na inovação, na tecnologia, na produção do conhecimento e, sem dúvida, é também uma referência no novo urbanismo, no novo jeito de construir as cidades. Por isso deixo aqui um desafio: como discutir novas centralidades urbanas sem prejudicar as tradicionais como o nosso centro histórico”, colocou.

Ao lado do prefeito, estavam o cofundador da plataforma, Tomas Alvim, e o empresário Carlos Jereissati, conselheiro da Iguatemi S.A., que patrocina a iniciativa. Durante a programação da tarde, Jereissati apresentará o empreendimento “Casa Figueira”, desenvolvido em Campinas pelo grupo e que prevê um complexo unindo moradia, comércio e serviços em 1 milhão de metros quadrados e 240 mil metros quadrados de áreas verdes. O empreendimento prevê 66 lotes urbanizados com mais de 100 torres, a serem construídas ao redor do shopping Iguatemi.

Dário Saadi também falou das iniciativas que a Administração Municipal tem feito para tornar o centro da cidade mais vivo. Ele citou a aprovação da Lei do Retrofit, dos incentivos fiscais para implementação de mais de 80 serviços na região central de acordo com a Classificação Nacional das Atividades Econômicas (Cnae), além da entrega recente da restauração do imóvel histórico da Oficina de Locomotiva da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro (Prédio do Relógio) no Pátio Ferroviário.

“Nós temos feito esforços imensos para tornar o centro mais vivo, mais habitável. Vivemos num mundo em que as transformações acontecem a cada dia. A cada minuto o mundo vai se transformando. Acabamos de entregar a revitalização de um prédio histórico, de mais de 7.500 metros quadrados, no Pátio Ferroviário – uma estrutura arquitetônica da época de ouro das ferrovias. As cidade tem que estar em constante discussão sobre o seu futuro porque se não estiverem preparadas para que as pessoas possam morar com qualidade, respeitando o meio ambiente, e tentando minimizar os efeitos das mudanças climáticas, nós não teremos um futuro muito promissor. Por isso reitero a importância de Campinas sediar essa conferência das novas centralidades urbanas da Arq. Futuro”, concluiu.

O foco das discussões gira em torno de como melhorar a vida nas cidades, a partir das tendências do urbanismo e tecnologias que vêm sendo empregadas na contramão do desenho de exclusão predominante no planejamento das cidades contemporâneas.

As novas centralidades são vistas como motores de desenvolvimento tecnológico, social, ambiental e econômico capazes de dar corpo a um tecido urbano mais equilibrado, dinâmico e inclusivo.

De acordo com o organizador do seminário, Tomas Alvim, uma nova centralidade tanto pode ser implementada em áreas já consolidadas, como num espaço novo. Como exemplo ele cita o caso de Paris que, durante a pandemia, fez uma grande transformação numa área urbana convertendo os espaços para usos mistos, com serviços públicos, serviços privados, áreas de lazer e áreas verdes.

“Essa é uma discussão contemporânea, muito atual e Campinas tem uma oportunidade única, está no quinto ano do seu novo plano diretor e tem novas centralidades urbanas a serem desenvolvidas. É um espaço novo da cidade a ser criado. E é a oportunidade de discutir esse espaço que comporá a nova cidade. E como ele vai ser desenvolvido, como ele vai ser integrado à cidade, ele tem um efeito total na cidade como tudo. Então, é muito importante esse debate para qualificar essa reflexão e para ajudar também a pensar o que são as melhores práticas de urbanismo, da arquitetura que podem ser aplicadas nessas novas áreas”, afirmou.

O seminário também contará com apresentação de experiências de projetos que mostram novas centralidades e evidenciam características como o uso misto (residencial e não residencial); a mobilidade bem planejada; a eficiente gestão da água e dos resíduos; e a criação de espaços públicos de qualidade que têm o potencial de viabilizar a integração exitosa entre morar, trabalhar e se divertir em um único bairro. A “inclusão social” deve ser a premissa básica de todo planejamento que vise, de fato, a melhoria da vida do cidadão, segundo a visão dos organizadores do seminário.

Três casos que ilustram o acerto desse tipo de visão urbanística, um internacional e dois nacionais: London King’s Cross (Inglaterra), Pedra Branca (Santa Catarina) e Casa Figueira (Campinas).

Também participaram do seminário os secretários municipais de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini; de Urbanismo, Carolina Baracat; integrantes de universidades; o subsecretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo, José Police Neto; o deputado federal Jonas Donizeti e o presidente da Câmara Municipal vereador, Luiz Rossini.

Sobre o Arq. Futuro

Criado em 2011, o Arq. Futuro é uma plataforma brasileira para discutir o futuro das cidades. Ao longo dos últimos anos, foram convidados pensadores proeminentes nos campos de design, arquitetura, urbanismo, economia, saúde pública, entre outros setores, para trocar ideias sobre os caminhos coletivos em direção a espaços urbanos mais equitativos, inclusivos, ecológicos, inovadores e belos.

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