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Sinfônica de Campinas apresenta concerto 'Belchior Sinfônico' em homenagem aos 50 anos da Sanasa
Para marcar os 50 anos da Sanasa, a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas apresentará o concerto Belchior Sinfônico. O espetáculo será neste domingo, 8 de dezembro, às 18h30, no Parque das Águas, aberto à população. Sob a regência do maestro Carlos Prazeres, o evento contará com as participações especiais de Marcelo Caldi, na sanfona, e do cantor João Cavalcanti. A Sanasa completou 50 anos em 28 de agosto de 2024.
Idealizado pelo próprio maestro, com roteiro concebido por João Cavalcanti, o concerto é uma homenagem ao cantor e compositor cearense Antônio Carlos Gomes Belchior, um dos mais icônicos compositores da música brasileira. As participações especiais de Caldi e Cavalcanti são elementos essenciais para a construção poética e o roteiro do espetáculo. “Não se trata apenas de um conjunto de músicas com arranjos sinfônicos, mas de um ritual introspectivo que busca traduzir musicalmente a essência da vida de Belchior”, explica o maestro. Durante o concerto, Carlos Prazeres também abordará a curiosa coincidência entre o nome de Belchior e o renomado maestro campineiro Antônio Carlos Gomes.
Com duração aproximada de 1h30, o repertório trará versões sinfônicas de clássicos consagrados, como A Palo Seco — uma expressão espanhola que significa “franco, direto, sem rodeios”, referindo-se ao poema de João Cabral de Melo Neto, e Como Nossos Pais, canção imortalizada por Elis Regina. Outros destaques serão Apenas um Rapaz Latino-americano, composta durante a ditadura militar, e Velha Roupa Colorida, que simboliza a dicotomia entre o velho e o novo. Também farão parte do repertório músicas como Sujeito de Sorte, Galos, Noites e Quintais e Medo de Avião, entre outras.
O concerto será realizado no Parque das Águas, localizado na Avenida Paulo Correa Viana, 765, Parque Jambeiro, com entrada gratuita.
Sobre Belchior
Nascido em 1946 no Ceará, Antônio Carlos Gomes Belchior foi cantor, compositor, poeta e artista plástico com grande relevância para a música brasileira. Considerado um dos primeiros músicos nordestinos da MPB a fazer sucesso internacional, suas composições abordam temas como amor, angústia, política e sociedade. Seu álbum Alucinação (1976) marcou o auge de sua carreira. Nos últimos anos de vida, Belchior desapareceu duas vezes, sendo encontrado em 2017, ano de sua morte, aos 70 anos.
Sobre João Cavalcanti
João Cavalcanti foi vocalista do grupo Casuarina por 16 anos, período em que o grupo foi eleito duas vezes como Melhor Grupo de Samba no Prêmio da Música Brasileira. Com o Casuarina, lançou sete CDs e dois DVDs, além de realizar diversas turnês pelo Brasil e no exterior. Em 2023, foi indicado ao Grammy Latino pelo álbum Desengaiola, em parceria com Alfredo Del-Penho, Moyseis Marques e Pedro Miranda. No mesmo ano, foi solista convidado da Orquestra Sinfônica da Bahia para o projeto OSBREGA, concebido por Carlos Prazeres.
Sobre Marcelo Caldi
Marcelo Caldi é um dos músicos mais completos da atualidade, ampliando o legado de mestres da sanfona como Luiz Gonzaga e Chiquinho do Acordeon. Reconhecido nacionalmente, esteve presente em todas as edições do São João Sinfônico da OSBA. Caldi também se apresentou como solista de acordeon em concertos com a Orquestra Sinfônica Cesgranrio, Sinfônica da UFF, Sinfônica do Recife e Petrobras Sinfônica, para a qual compôs Alma Carioca, peça sinfônica inédita em homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro. É fundador e maestro da Orquestra Sanfônica do Rio de Janeiro.