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Nossa Cidade

Sinfônica inicia temporada dos 90 anos e homenageia cena musical da cidade

A abertura da temporada 2019 da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC) foi marcada por um concerto especial para convidados na noite da última sexta-feira, dia 15 de março, no Teatro Municipal “José de Castro Mendes”. O início da celebração das nove décadas de história da Orquestra foi destacado com a entrega das primeiras moedas comemorativas dos “90 anos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas”.

 

 

Também durante a cerimônia, o maestro Victor Hugo Toro recebeu das mãos do prefeito Jonas Donizette o certificado de Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. O título foi concedido à OSMC pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc).

 

 

A OSMC abriu a noite com a execução dos Hinos Nacional e de Campinas, emocionando os presentes, entre eles o prefeito Jonas Donizette e a primeira-dama Sandra Ciocci, e vários secretários municipais. Em seguida, o maestro Vitor Hugo Toro, regente titular e diretor artístico da Sinfônica, abriu a cerimônia de homenagem recordando como estava o mundo em 1929, quando a então Sociedade Symphonica Campineira, semente da Orquestra, tocou o mesmo Hino Nacional Brasileiro em sua primeira apresentação. “A Orquestra, como símbolo mais antigo da cidade, é um dos mais amados”, afirmou.

 

 

“É uma jovem senhora que tem crescido com Campinas. O relacionamento da Orquestra com a cidade é emocional, há um vínculo afetivo. A Orquestra faz parte do DNA da cidade”, frisou o maestro. E contou que quando as pessoas falam sobre a OSMC com ele, perguntam “como vai a nossa orquestra”.

 

 

O prefeito Jonas Donizette destacou a grande importância da Sinfônica para o município e lembrou que mesmo em tempos difíceis na economia, sempre fez questão de “fazer prevalecer o que é importante para a cidade”. “A Cultura faz parte da história de Campinas, a terra de Carlos Gomes”, disse, agradecendo pessoas e entidades importantes para a história dos 90 anos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e da cidade.

 

 

Saudando o secretário de Cultura, Ney Carrasco, que não pôde comparecer ao evento por estar se recuperando de um procedimento médico, o prefeito lembrou o apoio às manifestações culturais. Falou também do projeto musical “Primeira Nota”, desenvolvido em parceria pela Secretaria Municipal de Educação e Departamento de Música do Instituto de Artes da Unicamp. O projeto oferece gratuitamente aulas de teoria musical e prática de canto e de instrumentos para crianças e adolescentes, de 6 a 14 anos.

 

 

Homenagens

 

 

A cerimônia de abertura da temporada 2019 marcou a entrega da moeda comemorativa aos 90 anos da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Receberam o reconhecimento duas entidades e duas personalidades marcantes da vida musical da cidade.

 

 

A homenagem foi entregue à Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos (ABAL), representada pelo presidente Alcides Acosta; ao Instituto Padre Haroldo, que teve seu fundador, o padre Haroldo Rahm, representado pelo presidente da entidade, Luís Roberto Sdoia; à cantora lírica e professora Niza Tank, representada por Sílvia Pinotti, integrante da Sinfônica e, em memória, ao pianista Fernando Lopes, que atuou por quarenta anos na OSMC e faleceu no início deste mês, por quem recebeu a moeda comemorativa o também pianista e professor da Unicamp Mauricy Martin.

 

 

Os homenageados e seus representantes receberam as moedas comemorativas das mãos do prefeito Jonas Donizette, do presidente da Câmara Municipal de Campinas, Marcos Bernardelli, e do regente titular da Sinfônica, maestro Victor Hugo Toro.

 

 

O prefeito também homenageou a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e seus músicos, entregando a Hugo Toro um impresso especial com certificado de Patrimônio Cultural Imaterial da cidade, concedido à OSMC pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc).O reconhecimento foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros em reunião no dia 14 de março. Com a escolha, a Sinfônica passa a ser inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão reconhecidas pela comunidade de Campinas, formalização que equivale ao “tombamento” dado a um patrimônio físico.

 

 

“Com o passar dos anos, damos mais valor ao que é imaterial do que ao que é material”, afirmou o prefeito Jonas Donizette. Ele lembrou a importância da OSMC, que chega aos 90 anos como a mais antiga do gênero em atividade no País, com uma extensa e significativa atuação na cena nacional. Jonas também fez questão de agradecer o empenho dos músicos da Sinfônica e o entusiasmo do regente.

 

 

Noite lírica

 

 

A abertura da temporada 2019 teve na programação uma noite de canto lírico. No repertório, obras do maestro e compositor campineiro Antônio Carlos Gomes e a versão concertante da ópera “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni.

 

 

O concerto teve as participações especiais dos solistas cantores Tati Helene (soprano), Mere Oliveira (mezzo soprano), Juliana Taino (mezzo soprano), Eric Herrero (tenor) e Marcelo Ferreira (barítono). Também estiveram no palco os corais Coro Contemporâneo de Campinas, Collegium Vocale Campinas e Madrigal Vivace de Jundiaí, que atuaram como o coro da ópera.

 

 

A programação 2019 está dividida em duas séries: uma de 26 concertos (13 programas) da temporada oficial e outra de concertos especiais, que serão apresentados em datas importantes. Os concertos oficiais são aos sábados às 20h e aos domingos às 11h, no Teatro Castro Mendes.

 

 

As próximas apresentações da Sinfônica estão marcadas para os dias 23 e 24 de março, tendo à frente o regente Victor Hugo Toro e o solista Winston Ramalho (violino). No programa, de Jules Massenet, Le Cid, música de balé; de Edouard Lalo, Symphonie espagnole, op. 21; e de Camille Saint-Saëns, a Sinfonia No.3, op. 78 (sinfonia com órgão).

 

 

A temporada também inclui uma série de 11 concertos didáticos, que já foi apresentada entre fevereiro e início de março deste ano e levou mais de seis mil crianças da rede pública ao Castro Mendes. A outra série está prevista para agosto de 2019.

 

 

90 anos de história

 

 

Reconhecida como a orquestra em atividade mais antiga do país, a Sinfônica de Campinas começa sua trajetória na década de 1920, com a criação da Sociedade Symphonica Campineira, pelos maestros Mário di Tullio e Salvador Bove, Reynaldo Prestes e Mário Castrese.

 

 

A ata de fundação data de 6 de outubro de 1929. A primeira apresentação da Orquestra aconteceu em 15 de novembro de 1929, sob a regência do maestro Salvador Bove, no Teatro São Carlos.

 

 

Em 29 de dezembro de 1965, o prefeito Ruy Novaes municipalizou oficialmente a Orquestra Sinfônica de Campinas. Em 1966, o grupo recebeu o nome de Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, sendo a primeira orquestra sinfônica brasileira do interior do Estado de São Paulo a ser mantida pelo poder público.

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