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Sistema de Saúde avalia momento crítico da pandemia na RMC

A Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) promoveu, na noite de quinta-feira, 18 de março, um Fórum Extraordinário para discutir a atual situação do sistema de Saúde em Campinas e na região Metropolitana neste momento crítico da pandemia de Covid-19. O prefeito Dário Saadi participou do evento, realizado on-line, ao lado de representantes das redes pública e privada de Saúde.

O colapso do sistema de saúde na RMC foi o tema da reunião, buscando mostrar a “situação real do que está acontecendo”, destacou a presidente da SMCC, Fátima Ferreira Bastos. Ao lado dos hospitais de Campinas, participaram representantes de Jaguariúna, Indaiatuba e Valinhos.

O prefeito Dário Saadi entrou ao vivo do Hospital Ouro Verde, que foi transformado em unidade exclusiva para Covid-19, e destacou a “situação extremamente complexa” do momento. Mas descartou um lockdown no modelo convencional na cidade, principalmente por causa do impacto no setor de Saúde que teria a suspensão do transporte coletivo. Ele explicou que profissionais que estão na assistência e pessoas que procuram os serviços médicos seriam muito prejudicados, pois dependem dos ônibus.

“A Prefeitura não tem se furtado a discutir e tomar medidas duras”, disse Saadi. “Tenho brigado com o Governo do Estado para ampliação de leitos no Ambulatório Médico de Especialidades, o AME, ali ao lado do Mário Gatti, que tem uma estrutura fantástica. Decretamos Fase Vermelha antes do Estado e de maneira mais restritiva. Estamos verificando espaços nas UPAs, para ampliar leitos. Mas vai chegando um momento em que fica difícil contratar profissionais e médicos”, explicou.

Cooperação

Os convidados da SMCC falaram sobre a situação real dos hospitais de Campinas e região. No final, discutiram medidas possíveis e estratégias que poderiam ser utilizadas.

O secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon, destacou a necessidade de cooperação de toda a sociedade, pois não há indicadores de que a situação vá melhorar nos próximos dias. “O cenário realmente é duríssimo para todos”, enfatizou, informando que a rede municipal saiu de 70 leitos de UTI-Covid em janeiro e chegará a 170 no início da próxima semana.

Além de direcionar três centros de saúde apenas para atender síndromes respiratórios, Zambon adiantou que serão abertos 14 CSs nos finais de semana. A ideia é reduzir a demanda nas UPAs e hospitais.

O diretor da sala de situação da Rede Mário Gatti de Campinas, Carlos Arca, representou o presidente Sérgio Bisogni. Ele também apresentou os números do município de atendimento aos pacientes do SUS e destacou aumento de procura pelos gripários de pessoas com sintomas respiratórios. São cerca de 150 casos/dia em cada unidade; há poucos dias eram 100 a 120 casos/dia, explicou. “Com mais gravidade e diminuição da faixa etária”, afirmou.

Os representantes das unidades apresentaram um “giro pelos hospitais”, informando sobre suas estruturas de assistência. Eles destacaram medidas que poderão impactar no atendimento, como intervenção do Ministério da Saúde para reter medicamentos necessários para manter a intubação de pacientes Covid-19.

O encontro de quinta-feira foi o 19° do Fórum Covid-19 da Sociedade.

É possível acessar o conteúdo dos Fóruns SMCC no canal da Sociedade no YouTube, em https://cutt.ly/VuQfOZx .

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