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Nossa Cidade

Situação da pandemia em Campinas justifica a liberação do uso de máscaras

A justificativa para a liberação do uso de máscara de proteção facial em Campinas foi apresentada pela diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), da Secretaria  Municipal de Saúde, Andrea von Zuben, durante transmissão ao vivo pelas redes sociais do prefeito Dário Saadi nesta sexta-feira, dia 18 de março. Além de trazer os indicadores positivos que fundamentam a medida, a diretora também pontuou os motivos pelos quais a máscara continuará a ser obrigatória em alguns locais como as escolas, meios de transporte, instituições de longa permanência e locais de prestação de serviços de saúde.

A decisão tomada pela Prefeitura Municipal foi decidida com base em dados da situação epidemiológica da covid-19 em Campinas. O município está em uma situação epidemiológica muito boa em relação ao número de atendimentos, de acordo com Andrea. A procura por atendimento por pacientes sintomáticos respiratórios caiu 83,4%. Os casos confirmados de covid-19, por sua vez, caíram 98,2% e o de óbitos 81,3%. A diretora ressaltou que os dados são universais e abrangem as redes privada e pública. “Há um número muito pequeno de casos na nossa cidade.”

Com relação a taxa de transmissão, Andrea ressaltou que o número está bem abaixo de 1, na melhor fase vivida durante a pandemia em Campinas. Além disso, com relação à positividade dos exames, ela também trouxe boas notícias: “A positividade de exames laboratoriais chegou a ser de cada 100 casos, 60 eram covid-19 e hoje é de 4,3”.

Onde usar máscara

As máscaras continuam obrigatórias em serviços de saúde; meios de transporte coletivo de passageiros, incluindo pontos de embarque e desambarque e elevadores; instituições de longa permanência de idosos (ILPIs), escolas de Ensino Médio, Fundamental 1 e 2, Educação Infantil e Creches, em local fechado; e para pessoas com sintomas gripais.

Crianças

Com relação à liberação de máscaras para as crianças, Andrea afirmou que não é possível fazer a liberação das máscaras para crianças porque não houve a mesma redução do número de casos. Segundo ela, houve um pequeno aumento e uma estabilização.

Ela também chamou a atenção para a baixa cobertura vacinal para a faixa etária de 5 a 11 anos que está em 21,2%. Já com relação a 12 e 17 anos, a cobertura está em 62%, fazendo com que de 5 a 17 anos, a cobertura ainda esteja em 41,5%. “Nosso temor é reunir crianças durante várias horas por dia em ambiente fechado. Às vezes não é possível manter o distanciamento mínimo de 1 metro e, com a taxa de vacinação tão baixa, não é possível liberar o uso de máscara.”

O prefeito Dário Saadi fez questão de ratificar o que foi dito pela diretora do Devisa com relação à cobertura vacinal para crianças. “Há uma preocupação do poder público de proteger as crianças. Mesmo não estando na fase mais aguda da pandemia, é importante proteger e ter um cuidado extra com as crianças. Essa medida foi definida pelo setor técnico da Prefeitura e é de bom senso e ponderada”, frisou.

“Em abril há um aumento das doenças respiratórias, com o tempo mais frio e seco. Aliado à baixa cobertura vacinal para a faixa etária, isso pode trazer uma situação que não queremos viver. Temos que ser cautelosos”, disse Andrea.

Lições da pandemia

Para pessoas com sintomas gripais, a recomendação continua a ser a de ficar em casa e, na eventualidade de precisar sair, sempre usar máscara.

A diretora também ressaltou que a pandemia trouxe lições importantes que devem ser mantidas como a higiene das mãos, dos objetos e a preferência por ficar em ambientes ventilados e abertos.

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