Nossa Cidade
Templos religiosos podem participar do programa Monitora Campinas
O vice-prefeito Wanderley de Almeida recebeu na manhã desta sexta-feira, dia 13 de maio, representantes da Associação dos Religiosos de Matriz Africana de Campinas e Região (Armac). O ato foi promovido para agradecer à Prefeitura por ter incluído os templos religiosos de matriz africana no Monitora Campinas.
A Armac já fechou parceria com o Monitora Campinas e com isso os templos que têm câmeras externas vão fazer o link com as câmeras da Cimcamp. A iniciativa, estendida aos templos de outras confissões religiosas, vai garantir mais segurança a esses espaços e quem tiver interesse deve aderir, acessando o link https://forms.campinas.sp.gov.br/index.php/958514?newtest=Y&lang=pt-BR .
“Nós não vamos admitir nenhum tipo de desrespeito e intolerância. Pensem, ajam, defendam seus pontos de vista, sua religião e seu partido político, mas respeite a opinião, a religião e o partido do outro, só assim teremos um país justo”, disse Wandão. “Temos que trabalhar para construir uma cidade onde a gente não precise monitorar um templo religioso, onde a fé possa ser professada com segurança”, completou.
E a data do evento não foi escolhida aleatoriamente. O dia 13 de maio marca a abolição oficial na escravidão do Brasil. A data também é considerada como o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo.
“Essa parceria é muito importante para inibir atos de vandalismo, de ódio e de racismo; mas também para inibir ações de bandidos”, disse Edna Almeida Lourenço, militante do Movimento Negro e Fundadora da Armac. “Realizar um evento como este, com toda essa representatividade, é uma grande conquista, um reconhecimento da nossa luta”, completou.
Também participaram do evento o juiz federal e membro do Grupo de Trabalho sobre Política Nacional à Liberdade Religiosa e Combate à Intolerância, Renato Nigro; o advogado Ademir José da Silva, da Comissão de Liberdade Religiosa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); além dos secretários municipais de Segurança Pública, Christiano Biggi Dias; de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli, e de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, Wandecleya Moro.
Representatividade
Além da Armac, também participaram representantes de igrejas evangélicas e da católica.
“Nós estamos muito confiantes neste projeto, porque a insegurança tem amedrontado a todos. Parabéns a Campinas por esse passo que está dando”, disse o reverendo padre Pedro José de Paula, do Santuário Anglicano da Capadócia.
O pastor Ildo Félix também elogiou a iniciativa. “Eu acho que esse evento é muito importante porque representa algo que precisamos aprender. A segurança pública é para todo cidadão e quando envolve a religião, é a mesma coisa”, disse. “É direito do cidadão e das religiões ter a segurança resguardada e precisamos caminhar de mãos dadas para que isso aconteça”, completou.
Monitora Campinas
O programa “Monitora Campinas” tem como objetivo ampliar a capacidade de monitoramento por câmeras do município por meio de parcerias com a iniciativa privada, formando uma ampla rede composta por câmeras de segurança dos órgãos públicos e equipamentos dos parceiros. O programa foi lançado em dezembro de 2021.
As empresas e os templos que aderirem ao programa compartilham com a Cimcamp as imagens geradas pelos seus sistemas de segurança próprios. Isso vai proporcionar uma maior área de cobertura das câmeras e uma resposta mais rápida das forças de segurança na prevenção e na resposta às situações que envolvam segurança, além de auxiliar na manutenção e conservação do espaço público.
A adesão ao “Monitora Campinas” é gratuita. Os parceiros deverão arcar somente com a instalação e manutenção dos seus sistemas de segurança.
Podem participar condomínios residenciais e industriais, estabelecimentos comerciais e industriais, bancos, postos de combustíveis, universidades, centros de pesquisa, parques tecnológicos, hotéis e outros empreendimentos de natureza jurídica que possuam sistema de vigilância próprios. Os templos religiosos agora também estão contemplados.