Cinema
Thor: Ragnarok (8,0)
Taika Waititi é um diretor pouco conhecido, mas a Marvel Studios, desde que escolheu Robert Downey Jr. para viver Tony Stark, mostrou que gostava de arriscar. Além disso, deu a liberdade necessária para Waititi montar uma pirotecnia lotada de cores vivas e hipnóticas, muita comédia e, óbvio, ação, na nova aventura do deus do trovão em Thor: Ragnarok.
Roteirizada a quatro mãos por Christopher Yost e Craig Kyle, desde os minutos iniciais, o espectador notará que o humor é bem mais cínico do que nos outros projetos do estúdio (prestem atenção na participação especial d Matt Damon e Sam Neill) e talvez por isso a morte de Odin não tenha impacto algum para o espectador. Chris Hemsworth, ao contrário dos dois primeiros filmes solo, está mais à vontade e seu Thor é muito menos imponente. Loki notou sua insignificância no universo e Tom Hiddleston mostra, novamente, todo seu talento. Hulk esmaga mesmo (!). E para fechar este quarteto, temos Hela, uma vilã clássica e com um design lindíssimo, aliás, Cate Blanchett foi a escolha perfeita para o papel.
O interessante aqui é notar que mesmo com tantos cenários criados em computação gráfica e tanta destruição, principalmente na luta entre Hulk e Thor na arena e também na batalha final, onde Asgard sofre as consequências das escolhas equivocadas de um personagem central, não há excessos.
Thor: Ragnarok, o melhor filme da Marvel?
Pôster do filme
O projeto é um pipocão grandioso e não tem vergonha de reconhecer isso. É uma aventura das HQs transposta para a tela grande com tudo aquilo que um fã gosta, que consegue tempo para inserir a Valquíria e ampliar o tempo de Heimdall frente às câmeras. E respondendo a pergunta inicial: Thor: Ragnarok, o melhor filme da Marvel? Não, mas assim como Guardiões da Galáxia, é um excelente ponto fora da curva.
Obs.: há duas cenas pós crédito. A primeira bem interessante e a segunda, um tanto desnecessária.
Por Éder de Oliveira
Jornalista e criador do site www.cinemaepipoca.com.br