Nossa Cidade
Trinta por cento das obras de troca dos pisos do Cemitério da Saudade estão concluídas
A operadora de máquinas, Vilma Maria Fonseca, vai ao Cemitério da Saudade toda semana para visitar o túmulo da família. “Eu perdi minha mãe e dói muito. Quando aperta a saudade, eu venho para cá”, conta.
Desde janeiro, ela percebe a diferença no caminho de pedras portuguesas que liga corredor central até uma das muitas quadras do campo santo. “Eu estou gostando muito do trabalho. Tem lugar que já está pronto. Antes eu tinha medo de cair”, explica Vilma.
O trabalho ao qual a Vilma se refere é de reforma dos pisos do Cemitério da Saudade, a primeira revitalização desde a fundação do espaço, em 1880. Ao todo serão 18 mil metros quadrados de piso trocados. Até agora, 30% do trabalho já foi realizado.
“A obra é a primeira intervenção mais profunda no piso que se faz no cemitério, desde sua fundação, há mais de 143 anos. Antes, eram apenas feitos alguns reparos pontuais”, explica Enrique Lerena, presidente da autarquia Serviços Técnicos Gerais (Setec).
“Este cuidado é super importante. Senão, a gente que é novinha assim, ‘tropica’ e cai”, brica a professora Ana Maria Lima.