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Uso de IA para confirmar agendas e reduzir faltas chega a 100% dos centros de saúde

O uso de inteligência artificial (IA) para confirmar agendamentos e reduzir faltas chegou a 100% dos centros de saúde de Campinas na tarde desta sexta-feira, 24 de maio. Com isso, todas as 68 unidades podem usar mensagens via chatbot da assistente virtual “Ana”, pelo WhatsApp, para lembrar os pacientes das marcações de consultas e exames e, com isso, otimizar os serviços.

A implementação do recurso foi gradativa e começou a ser feita segunda, em 12 unidades. Na sequência, o número dobrou na quinta, 23, e os demais centros passaram a contar com o recurso a partir desta sexta.

Como identificar?

O contato do WhatsApp é identificado pelo “Acesso Fácil Saúde Campinas” e o número que aparece para o paciente é o 19-9-9604-3012. Vale destacar que não é possível enviar mensagens para este contato, mas somente interagir para realizar confirmações sobre perguntas feitas via chatbot.

Quais são as mensagens?
 

  • Sete dias antes da consulta ou exame, o paciente precisa confirmar a agenda
     
  • Na véspera do agendamento, o paciente recebe um lembrete

Expectativa

A expectativa da Saúde é disparar 70 mil mensagens mensais e, com isso, recuperar no período de um ano 84 mil vagas em consultas e exames nos CSs. A projeção já havia sido divulgada pela Pasta na primeira quinzena de abril, quando foram apresentados resultados de testes sobre a ampliação do uso de IA. Relembre abaixo detalhes.

“Precisamos cada vez mais otimizar os recursos da Saúde para qualificar o atendimento e corresponder ao aumento da demanda por serviços, principalmente após o período mais crítico da pandemia de covid-19. É um método seguro e que traz benefícios tanto para o paciente, que será lembrado sobre o agendamento e pode eventualmente alterar a marcação, e aos centros de saúde na medida em que podem agilizar atendimentos com recuperação de vagas”, explicou o secretário de Saúde, Lair Zambon.

Cenário atual

Atualmente, a média de faltas no SUS Municipal para consultas e exames está estimada em 30% da agenda. Testes realizados pela Pasta em fevereiro mostraram que o WhatsApp permite um alcance mais efetivo de pacientes, quando comparado ao sistema URA (ligações por robôs), e a diminuição das faltas foi de até dez pontos percentuais. Além disso, a “Ana” começou a funcionar em fevereiro e a Saúde aposta na popularização do recurso, ou seja, que as pessoas conheçam cada vez mais este recurso on-line.

O prefeito Dário Saadi destacou à época que a aplicação da IA permite otimização da estrutura. “Aqueles pacientes que tiveram contato com a plataforma através do WhatsApp tiveram uma aprovação fantástica, aprovaram em mais de 90% o uso da ferramenta. E aquelas pessoas que confirmarem a não presença, que não vão participar da consulta, nós tentaremos colocar outras pessoas. Também é importante que o cidadão entenda a importância dessa ferramenta mantendo o cadastro atualizado e também respondendo”, disse.

Na prática, a nova ação do programa “Acesso Fácil Saúde Campinas” tem como principais objetivos: ampliar o acesso dos pacientes ao SUS Municipal, reduzir as faltas para potencializar os serviços ofertados e otimizar as vagas disponíveis para outros usuários do sistema a partir da disponibilidade com a informação prévia de ausência em agendamentos.

Como foram os testes?

A base usada pela Saúde nas análises foram as agendas com maiores índices de absenteísmo, ambas na Policlínica 3: gastroclínica (25%) e ultrassonografia (48%).

Os testes mostraram que a mensagem via WhatsApp chegou aos pacientes e houve retorno para 51,5% dos casos. O índice é quase um terço superior aos 38,6% verificados quando aplicado o sistema URA. Isso se reflete na maior chance de reduzir faltas. 

Para a gastroclínica, o WhatsApp permitiu a redução de seis pontos percentuais e, com isso, o absenteísmo passou para 19%. Já para a ultrassonografia, a diminuição registrada foi de dez pontos percentuais, o que fez com que o indicador chegasse a 38%.

  • Ultrassonografia – passou de 48% para 38%. Isso significa que, para cada 100 exames, o número de agendamentos perdidos foi de 48 para 38.
     
  • Gastroclínica – passou de 25% para 19%.

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