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Vacinação contra HPV passa a incluir meninos de 9 e 10 anos de idade
A Secretaria de Saúde ampliou nesta terça-feira, 27 de setembro, a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). A partir de hoje, meninos de 9 e 10 anos também devem ser vacinados contra a doença. As doses estão disponíveis nos 66 centros de saúde de Campinas.
A vacina foi incorporada de forma escalonada ao Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2014 e, até ontem, era oferecida para meninas entre nove e 14 anos, adolescentes do sexo masculino de 11 a 14 anos e grupos com condições clínicas especiais (vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos) até os 45 anos.
O imunizante é injetável e aplicado em duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Para ser vacinado, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação.
A vacinação contra o HPV em adolescentes é indicada por mais de 100 países em seus programas nacionais de vacinação e vários deles já possuem estudos de impacto desta estratégia com resultados positivos no que diz respeito à prevenção e redução das doenças ocasionadas pelo vírus HPV (câncer do colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe e verrugas genitais).
De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli, a definição da faixa etária é feita porque a produção de anticorpos é maior nestas idades.
HPV
O HPV é um vírus que tem mais de cem tipos diferentes. É transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas, principalmente por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido de mãe para filho no momento do parto.
Estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que 630 milhões de homens e mulheres estão infectadas pelo HPV (Papilomavírus humano) no mundo. No Brasil, estima-se que há de 9 a 10 milhões de infectados e, que a cada ano, surjam 700 mil casos novos da infecção.
A orientação é para as mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo (Papanicolau) anualmente. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.