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Brasil

Varejo paulistano cresceu 33,8% na primeira quinzena de outubro

O varejo paulistano registrou alta de 33,8% na primeira quinzena de outubro na comparação com o mesmo período de setembro, segundo Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base em amostra da Boa Vista S.A. No entanto, o varejo não recuperou os patamares anteriores ao período da pandemia.

A entidade avalia que o resultado desse mês foi impulsionado pelas compras de presentes para o Dia das Crianças e pelas vendas no e-commerce. De acordo com o economista da ACSP Marcel Solimeo, o resultado está alinhado com pesquisa anterior que havia apontado a intenção de 35,7% dos brasileiros em presentear os filhos na data. 

“O indicador é sempre melhor em outubro porque há uma data comemorativa e, naturalmente, possibilita maior movimentação para o varejo”, explicou.

Dados preliminares da ACSP, comparando a primeira quinzena de outubro deste ano com o mesmo período de 2020, apontam para alta de 17,6% nas vendas do varejo. Considerando os meses de setembro de 2021 e 2020, houve alta de 24,4%, segundo a entidade.

Segundo Solimeo, apesar de positivos, os números não atingiram o mesmo patamar registrado em 2019, ou seja, antes dos impactos do período de pandemia. Na comparação entre os meses de setembro de 2019 e 2021, houve queda de 2,6% nas vendas. O resultado preliminar de outubro de 2021 – considerando os primeiros 15 dias -, em comparação com o mesmo período de 2019, mostrou recuo de 0,5%.

“Com menos restrições e mais tempo para se programarem, os consumidores estão aos poucos indo às compras. Assim, estamos recuperando o patamar de vendas anterior, mas não as perdas ocorridas durante a pandemia”, disse Solimeo.

O economista avalia que o crescimento efetivo só deve ser registrado a partir de dezembro. Para ele, o ritmo da vacinação, a retomada da confiança do consumidor para compras, a continuidade do auxílio emergencial e a oferta de crédito disponível no mercado são fatores que devem influenciar no indicador do varejo. “O auxílio emergencial tem ajudado até aqui os mais pobres e por isso é essencial que seja mantido. O fator negativo tem sido a inflação e o desemprego que continuam em patamares altos”, acrescentou.

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