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Vendas crescem 3,4% e preços caem 14,2% na Ceasa Campinas em 2017
A oferta de produtos hortifrutigranjeiros comercializados na Ceasa Campinas no ano passado cresceu 3,4% em relação a 2016, totalizando 632,3 mil toneladas. Já o preço médio unitário dos produtos caiu 14,2%, passando de R$ 2,74 para R$ 2,35. Com isso, o total vendido no mesmo período foi de R$ 1,4 bilhão, valor 11,4% abaixo do registrado em 2016. Os números são do Relatório de Análise Conjuntural do Abastecimento e Comercialização da Ceasa Campinas, divulgado nesta semana pelo Departamento do Mercado de Hortifrutigranjeiros do entreposto.
A venda de frutas teve um impacto maior no volume da oferta de produtos, com um crescimento de 5,4% em relação a 2016. O dado revela uma recuperação do segmento, visto que no último relatório conjuntural as frutas tiveram um decréscimo de 3,9% em relação a 2015. No total, foram comercializados 346.922.095 kg (54,9%) de frutas, que totalizaram R$ 841,4 milhões, valor 7,1% menor que o de 2016 (Veja quadros abaixo).
A tangerina e o limão foram os que mais se destacaram, com aumentos de 25,6% e 21,5%, respectivamente. No entanto, outros produtos também apresentaram ganhos significativos em 2017, como caqui, com 46,3%, maracujá (44,5%) e ameixa (34%).
As vendas de hortaliças totalizaram 283.110.816 kg, registrando um crescimento mais modesto, de 1,2%, em relação a 2016, quando tiveram alta de 6,7%. No total, foram comercializados R$ 629,1 milhões desses produtos em 2017. A batata inglesa foi, mais uma vez, o produto mais vendido, registrando crescimento de 13,6% no volume em relação a 2016. Já a oferta de ovos caiu pelo segundo ano consecutivo, ficando 9,2% abaixo do ano anterior, passando de 2.503 kg para 2.273 kg em 2017.
Segundo o engenheiro agrônomo da Ceasa, Ricardo de Oliveira Munhoz, o clima favorável em 2017 proporcionou boas condições à produção agrícola. “Consequentemente, com a maior oferta de produtos no campo, os valores pagos ao produtor foram achatados em razão da maior concorrência. Ao mesmo tempo, no outro extremo da cadeia, o consumidor testemunhava a redução de seu poder de compra causada pela recessão econômica, o que justifica a deflação de preços em todos os elos da cadeia”, explicou. “Porém, apesar disso, o volume geral da Ceasa Campinas cresceu 3,4%, principalmente graças à maior entrada das frutas, a preços mais acessíveis, com variedade e qualidade”, completou.
A Ceasa Campinas é o quarto maior entreposto do País, com oferta de produtos de 12 países e de 901 municípios brasileiros de 23 Estados.
Veja a íntegra do relatório no link:
http://ceasacampinas.com.br/novo/arquivos/analise_conjuntural_2017.pdf